Meios humanos da GNR "são parcos para colmatar necessidades" - TVI

Meios humanos da GNR "são parcos para colmatar necessidades"

Comandante-geral da GNR deixou o alerta. Ministra da Administração Interna desdramatiza a questão

O comandante-geral da GNR, Manuel Couto, afirmou hoje, em Portalegre, que são “parcos” os meios humanos da guarda para dar resposta às necessidades que enfrenta, mas a ministra da Administração Interna desdramatizou a questão.

Discursando na cerimónia de compromisso de honra de 400 novos militares da GNR, presidida pela ministra Anabela Rodrigues, o tenente-general Manuel Couto recordou que a GNR garante a segurança de 94 por cento do território.

“Apesar de assistirmos hoje à integração destes militares nas fileiras da GNR, esses ainda são parcos para colmatar todas as nossas necessidades, se atendermos a que integrarão um dispositivo que garante a segurança em 94 por cento do território nacional”, disse.


Questionada pelos jornalistas no final da cerimónia sobre a matéria, Anabela Rodrigues garantiu que o Governo “está atento” e que as necessidades da guarda são “atendidas” na “medida das possibilidades”.

“O Governo está atento sempre às necessidades das forças de segurança. No caso da GNR estabelece as suas prioridades e de acordo com o comando essas necessidades são atendidas na medida das possibilidades”, disse.


No entanto, a ministra da Administração Interna reconheceu que “há sempre necessidade de melhorar”, sublinhando que “é isso” que o Governo está a fazer.

Sobre os processos disciplinares que estão a decorrer, por parte do Comando-Geral da GNR, a oficiais que se manifestaram sobre o novo estatuto da guarda, Anabela Rodrigues afirmou que desconhece o conteúdo desse dossier.

“Não conheço o processo, foi o comando-geral que levantou esses processos que decorrerão normalmente, havendo decisões com os respetivos recursos, que há sempre direito a eles”, disse.


Em Portalegre, assumiram hoje o compromisso de honra 400 guardas provisórios da GNR (343 homens e 57 mulheres), após terem frequentado uma formação de 900 horas naquela cidade alentejana.

O atual Centro de Formação da GNR de Portalegre, que já se chamou Centro de Instrução de Praças e posteriormente Agrupamento de Instrução de Portalegre, está dependente da Escola da Guarda, com sede em Queluz.

Os cursos de formação da GNR são ministrado na Escola da Guarda, não só através do centro instalado em Portalegre, como também do centro existente na Figueira da Foz.

Na unidade de Portalegre, a instrução é ministrada desde 1985 e até hoje foram formados cerca de 16.000 militares.
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