25 Abril: escultura de Vhils vai ser inaugurada nos jardins de São Bento - TVI

25 Abril: escultura de Vhils vai ser inaugurada nos jardins de São Bento

  • 23 abr 2017, 12:53
Comemorações do 25 de Abril em Lisboa

Primeiro-ministro, António Costa, vai inaugurar na terça-feira uma escultura de Vhils alusiva à revolução de 25 de Abril, obra de arte com oito toneladas que ficará exposta de modo permanente nos jardins da residência oficial de São Bento

O primeiro-ministro, António Costa, vai inaugurar na terça-feira uma escultura de Vhils alusiva à revolução de 25 de Abril, obra de arte com oito toneladas que ficará exposta de modo permanente nos jardins da residência oficial de São Bento.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, este será um dos momentos mais significativos do conjunto de atividades culturais previstas para a tarde do feriado de 25 de Abril na residência oficial do primeiro-ministro, cujos jardins estarão abertos ao público a partir das 14:30.

Ainda segundo o gabinete do primeiro-ministro, a obra de Vhils (Alexandre Manuel Dias Farto) "foi concebida pelo artista plástico especificamente para este efeito".

Em declarações à agência Lusa, Vhils, que se tem destacado a nível internacional na área da ‘street art', referiu que a peça que ficará exposta em São Bento levou cerca de dois meses a ser trabalhada e envolveu 30 pessoas.

A decisão para executar a escultura surgiu na sequência de um convite feito pelo primeiro-ministro para que fosse produzida "uma peça que refletisse e comemorasse a Revolução de Abril e os ideais democráticos que ela representa".

Aceitei esse convite com bastante humildade e sentido de responsabilidade. Apesar de não ter vivido o 25 de Abril, tanto a revolução, como o sistema democrático que ela estabeleceu, essas transformações políticas tiveram naturalmente um enorme impacto em mim, na minha geração e no modo como pudemos crescer neste país", afirma Vhils, que nasceu em Lisboa em 1987.

A intenção inerente à execução da peça, de acordo com o escultor, "é prestar uma homenagem simbólica à Revolução de Abril e ao sistema democrático que então se estabeleceu".

"Reúne dois símbolos icónicos, um na forma do cravo, em representação de uma transição social e política - que, apesar de tudo, se manifestou de forma pacífica -, junto com um rosto feminino, que visa representar a República e os seus valores democráticos", justificou.

Também segundo Vhils, na escultura está um rosto "a olhar para o futuro, mas que também carrega em si a herança do passado".

"A peça sublinha a importância de mantermos a liberdade e os valores democráticos conquistados pela revolução como elementos fundamentais e estruturais no caminho que fazemos para o futuro. O próprio peso da peça (oito toneladas) também representa a relação de responsabilidade que temos para com o peso desta estrutura social e política", referiu.

Vhils salientou ainda a "honra" de passar a ter uma peça de arte na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento ao lado de um conjunto de conceituados artistas nacionais.

"É uma honra estar ao lado desses artistas, que são referências tanto para mim, como para o contexto da cultura portuguesa", acrescentou.

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