Caso Tancos: arguidos vão todos a julgamento - TVI

Caso Tancos: arguidos vão todos a julgamento

Entre os 23 arguidos, está o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes

Os arguidos do caso Tancos foram todos pronunciados nos exatos termos da acusação e vão todos a julgamento. O Despacho de Pronúncia (final da fase da instrução requerida pelos arguidos em que o juiz decide se haverá julgamento e quais os crimes por que respondem), foi conhecido esta sexta-feira.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes e os restantes 22 arguidos do processo Tancos ficaram assim a saber  que vão a julgamento e que vão responder exatamente pelos crimes pelos quais estavam pronunciados.

O Despacho de Pronúncia vem assim satisfazer a pretenção do Ministério Público (MP), que pedia para que todos os arguidos fossem julgados pelos crimes de que foram acusados. No final da fase de instrução, a procuradora do MP disse ter ficado convencida de que várias defesas concertaram posições, num processo que classificou de "extremamente singular".

Entre os acusados estão o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o ex-diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira, o ex-porta-voz daquela polícia Vasco Brazão, três militares da GNR e o ex-fuzileiro João Paulino, acusados de um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais de Tancos e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes e os dois elementos da PJM, da encenação que esteve na base da recuperação do armamento.

O Ministério Público tinha pedido que todos os arguidos fossem a julgamento nos exatos termos em que foram acusados e o juiz concordou.

O caso do furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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