De acordo com a empresa, a obra é uma das 23 de Júlio Pomar, que estão incluídas nos 565 lotes este Leilão de Antiguidades, Arte Moderna e Contemporânea, que tem início às 19:30 desta quarta-feira, e prossegue na quinta-feira.
A leiloeira adiantou à Lusa que "já há alguns interessados na aquisição" da tela, que vai à praça com mais 22 obras do artista Júlio Pomar, de 89 anos.
Das 23 obras do artista plástico, oito são originais e 15 são obras gráficas provenientes da coleção de Maria José Salvador e Manuel Torres, falecido este ano.
Depois do leilão ter sido anunciado, o Palácio do Correio Velho recebeu uma notificação da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) dando conta da abertura de um processo de classificação do quadro.
O quadro “O Almoço do Trolha” foi exposto ainda inacabado, em 1947, durante o período de prisão de Júlio Pomar, no Forte de Caxias, destinada a prisioneiros políticos, tendo sido terminada em 1950.
Julio POMAR, "O Almoço do Trolha" (1950) #twitart #realismosociale pic.twitter.com/k5jHc6KALf
— Annalisa (@AnnalisaSusini) May 20, 2014
O processo aberto pela DGPC pode demorar até um ano a estar concluído, mas, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, a partir do momento que se encontra em vias de classificação, a obra fica legalmente protegida, embora a venda continue a ser possível, desde que se mantenha no país.
As obras de Pomar são provenientes da coleção privada de Manuel Torres, falecido este ano.
Manuel Torres foi, na década de 1950, um dos sócios fundadores da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, pela qual passaram dezenas de artistas, tornando-se, ao longo de meio século, numa das principais entidades divulgadoras da arte moderna em Portugal.