A partir de agora, cidadãos e profissionais de saúde podem, de forma mais facilitada, notificar o Infarmed de reações a medicamentos. Demora apenas cinco minutos. Pode aceder aqui ao novo portal da Autoridade Nacional do Medicamento, que já está a funcionar.
Nos últimos cinco anos, foram feitas mais de 12.300 notificações, mas apenas 8% das participações chegaram de cidadãos. O objetivo deste novo portal é incentivar a notificação de reações adversas e fortalecer a monitorização da segurança dos medicamentos.
É muito mais fácil de preencher, bastando apenas cinco minutos para colocar a informação mínima necessária para avaliar a reação adversa. Caso haja maior disponibilidade, o cidadão/profissional de saúde pode indicar mais dados, que facilitarão o tratamento e o processamento da informação".
Em comunicado, o Infarmed explica, ainda, que esta mudança surge em simultâneo com a nova base de dados europeia de suspeitas de reações adversas (EudraVigilance).
Há quatro dados de preenchimento obrigatório:
- a substância ativa/medicamento utilizado
- a reação adversa (efeito indesejado do medicamento) observad
- um dado do doente, o concelho do notificador
- alguns dados pessoais (protegidos) para facilitar o contacto caso seja necessário por parte do Infarmed
Se a reação for a uma vacina ou medicamento biológico, pede-se ainda ao cidadão (doente ou seu representante) ou ao profissional de saúde que indiquem o lote, aconselha a Autoridade Nacional do Medicamento.
"O cidadão só tem de aceder ao Portal RAM para notificar. Depois de preencher o formulário online, recebe de imediato a confirmação da submissão e um resumo dos dados que preencheu através de um email. Se não houver necessidade de esclarecimentos adicionais, o notificador só volta a ser contactado no final do processo para receber a avaliação da sua notificação. Esta avaliação tem de estar concluída em 30 dias. Se entender, pode registar-se para facilitar contactos futuros", explica ainda o Infarmed.
As vantagens existem também para o tratamento da informação, uma vez que é possível reduzir a duplicação da informação, aumentar a rastreabilidade, melhorar a pesquisa e aceder a um repositório nacional em qualquer unidade de farmacovigilância.
Numa campanha em curso de sensibilização dos cidadãos e dos profissionais de saúde para a RAM participam vários países europeus, assim como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).