Diana Fialho e Iuri Mata condenados a 24 e 23 anos de prisão - TVI

Diana Fialho e Iuri Mata condenados a 24 e 23 anos de prisão

  • CE
  • 29 jul 2019, 18:11

Na leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes, Nuno Salpico, considerou que não houve "qualquer dúvida” na decisão e que a “prova é exuberante”

Diana Fialho e Iúri Mata, acusados pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, foram condenados a 24 e 23 anos, respetivamente, pelo Tribunal de Almada. Diana Fialho foi ainda considerada, como pena acessória, indigna de herança. 

Na leitura do acórdão, que decorreu esta tarde, o presidente do coletivo de juízes, Nuno Salpico considerou que não houve "qualquer dúvida” na decisão e que a “prova é exuberante”.

Neste sentido, condenou Diana Fialho a 24 anos de prisão por homicídio qualificado e profanação de cadáver, uma pena acrescida em relação ao arguido devido à “frieza” e “desrespeito” mostrado pela mãe adotiva.

No entanto, como ficou provado que o crime foi cometido em coautoria, também aplicou uma pena de 23 anos de prisão a Iúri Mata.

O julgamento iniciou-se em 4 de julho e ambos os arguidos remeteram-se ao silêncio, apesar de o advogado de Iúri Mata ter esclarecido que o seu cliente não estava em condições de o fazer “por esta sob efeito de forte medicação”.

Segundo o despacho de acusação do MP, os arguidos “gizaram um plano para matar Amélia Fialho, de 59 anos, e, ao jantar, colocaram fármacos na bebida da vítima que a puseram a dormir”, tendo desferido “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.

Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro, deslocando-se até um terreno agrícola, em Pegões, no Montijo, onde, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.

Na primeira audiência, a inspetora da Polícia Judiciária (PJ) que participou na investigação do crime, Fátima Mira, garantiu que foi Iúri Mata que ajudou a “fazer o reconhecimento e reconstituição do crime", por se encontrar “arrependido na altura”.

Além disso, referiu que foi encontrado “sangue humano” em roupas dos arguidos e na bagageira da viatura utilizada por ambos, além dos documentos de Amélia Fialho, que estavam escondidos e “enrolados em papel higiénico”.

Já as imagens de videovigilância da bomba de gasolina, segundo a inspetora, mostram Iúri Mata a comprar um garrafão de água, o qual encheu com gasolina, e Diana Fialho, um pouco depois, a adquirir um isqueiro.

Foi em 7 de setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto o homem no do Montijo.

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