Liga dos Bombeiros cancela todos os protestos sobre lei orgânica da Proteção Civil - TVI

Liga dos Bombeiros cancela todos os protestos sobre lei orgânica da Proteção Civil

  • atualizada às 22:25
  • 29 dez 2018, 19:31

Decisão anunciada após reunião este sábado em Pombal

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decidiu, este sábado, cancelar todos os protestos relativos à lei orgânica da Proteção Civil até ao próximo congresso, agendado para 23 de março, em Aveiro.  Os bombeiros acreditam que o Governo criou a aproximação e a janela de oportunidade necessárias para negociações.

A decisão foi anunciada aos jornalistas pelo presidente da Liga, Jaime Marta Soares. 

Penso que o Governo pode ter mudado de atitude porque analisou os prós e os contras da lei [orgânica da autoridade nacional de proteção civil] feita um pouco em cima do joelho", disse aos jornalistas Jaime Marta Soares.

Os bombeiros estiveram reunidos quase dez horas em Pombal para debater as propostas enviadas pelo Ministério da Administração Interna e prometem ser parte da solução.

Recorde-se que durante o protesto à lei orgânica da Proteção Civil os bombeiros não passaram informação das ocorrências aos comandos distritais de operações de socorro.

Jaime Marta Soares frisou que a LBP está "aberta a negociações para acabar com a instabilidade que se tem vivido", considerando que a suspensão da contestação à lei "é um sinal muito forte para o Governo, que quer ser parte da solução e não do problema".

Segundo o dirigente, há que aproveitar a abertura manifestada pelo Governo e desenvolver as negociações no imediato, de modo a que fiquem concluídas até ao dia 31 de janeiro.

É uma condição ‘sine qua non' que assim aconteça", sublinhou.

O presidente da LBP salientou que os restantes diplomas, onde estão incentivos ao voluntariado, "estão em cima da mesa” e prometeu não “baixar a guarda"

A estrutura criou grupos de trabalho que, até 28 de fevereiro, devem concluir as propostas de "mais 20% do desconto para o tempo da reforma, bonificação fiscal e regulamentação das equipas de intervenção permanente".

Jaime Soares elogiou ainda o anúncio do Governo de que vai aumentar o salário dos elementos que constituem as equipas especiais de primeira intervenção permanente em mais 20%, não ultrapassando os 750 euros.

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