Covid-19: Portugal já passou o pico, mas internamentos e mortes vão continuar a aumentar - TVI

Covid-19: Portugal já passou o pico, mas internamentos e mortes vão continuar a aumentar

Regiões Norte e Alentejo são as que mais preocupam, mas é em Lisboa que a capacidade hospitalar foi ultrapassada

Portugal está já numa fase decrescente das transmissões de covid-19, segundo revelaram Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que atualizaram a situação pandémica em Portugal no relatório das linhas vermelhas.

Apesar da "tendência estável decrescente a nível nacional", o que indica que Portugal ultrapassou o pico desta última vaga, as regiões do Norte e do Alentejo ainda estão numa fase crescente, sendo agora as únicas cujo índice de transmissibilidade (Rt) está acima do valor limite de 1.

Ainda assim, e mesmo que se mantenha a descida dos contágios, DGS e INSA avisam que "é esperada a continuação do aumento da pressão sobre os cuidados de saúde e da mortalidade nas próximas semanas".

Isso mesmo se verifica há já várias semanas, com o número de doentes internados em cuidados intensivos a subir gradualmente. Esta semana aquelas unidades estão já ocupadas em 82% do valor de 255 camas, definido como limite para que o Serviço Nacional de Saúde não comece a sofrer pressão. Na semana passada essa mesma percentagem era de 70%.

Apesar do crescimento se fazer agora a Norte e no Alentejo, é a região de Lisboa e Vale do Tejo que tem maior pressão hospitalar. Com efeito, DGS e INSA destacam que é ali que se observa o maior número de internados, tendo já sido ultrapassado o limiar crítico definido.

De resto, são 108 os doentes internados em estado grave na região que abrange a capital, mais cinco do que o limite de 103 que foi delineado.

Mas o R(t) e a incidência estão já em fases decrescentes, o que faz antecipar uma redução gradual das infeções. Se no Norte e no Alentejo a transmissibilidade ainda está acima de 1, é no Algarve que a incidência conhece o maior valor, num total de 869 casos por 100 mil habitantes, bem acima de um limite de 480.

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