Youtubers portugueses promovem sites ilegais de apostas - TVI

Youtubers portugueses promovem sites ilegais de apostas

Youtubers alarmados com "o fim da Internet"

Os sites Drakemall e Blaze têm licença atribuída nas Caraíbas e que não é válida em Portugal

Mais de uma dezena de youtubers portugueses tem promovido, nos últimos meses, sites de apostas online que não têm licença para operar em Portugal.

Em causa estão os sites Drakemall e Blaze, com licença atribuída em Curaçao, nas Caraíbas, e que não é válida em Portugal. Segundo a Rádio Renascença, estas empresas patrocinam vídeos longos, onde os youtubers explicam como funcionam os sites, como se joga e quais os meios de pagamento aceites.

Entre a lista de youtubers a fazer este tipo de publicidade estão Sirkazzio, Wuant e Windoh, que reúnem entre si mais de 10 milhões de seguidores.

Segundo a Renascença, os youtubers estarão a cometer dois crimes: nos termos do regime do jogo online, é ilícito promover jogos online não autorizados, por qualquer meio, e a pena pode ir até aos cinco anos de prisão ou pena de multa até 500 dias;  já no que diz respeito à publicidade, as regras indicam que promover um jogo que não está licenciado em Portugal constitui contraordenação e a coima pode ir até aos 3.750 euros, no caso de pessoas singulares, ou 45 mil euros se forem pessoas coletivas.

Entretanto, o site Blaze.com foi bloqueado em Portugal. Já o Drakemall, por se encontrar numa "zona cinzenta" da legislação e não ser claro se é tido como jogo de azar, continua em funcionamento.

Depois de questionado sobre a legalidade dos vídeos, o YouTube bloqueou grande parte destes, uma decisão que não foi do agrado dos youtubers, que revelam depender deste tipo de conteúdos patrocinados.

No seu canal do youtube, Wuant revela que vai parar temporariamente de fazer vídeos, até perceber uma nova forma de monetização.

“Tenho medo de postar um vídeo”, desabafou Wuant, apelando aos outros youtubers para terem cuidado com os patrocínios que colocam no canal.

A situação foi entretanto denunciada ao Serviço de Regulação e inspeção do Jogo pela Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online, acrescenta a Renascença.

 

 

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