Ljubomir Stanisic: "No momento em que me disseram que não ia ter um ataque cardíaco voltei para aqui” - TVI

Ljubomir Stanisic: "No momento em que me disseram que não ia ter um ataque cardíaco voltei para aqui”

  • Luís Varela de Almeida
  • 3 dez 2020, 13:29

Os manifestantes do movimento "A Pão e a Água" acampados à frente da Assembleia da República preparam-se para cumprir aquele que será o sétimo dia de greve de fome e a sua luta tem visto compaixão de vários lados do país, nomeadamente dos setores da restauração, discotecas e bares

O chef Ljubomir Stanisic disse esta quinta-feira que se sente bem e que espera que o braço de ferro com o Governo chegue ao fim. O chef deu entrada nas urgências na quarta-feira depois de se ter sentido-se mal após um discurso. Teria os valores de glicemia (açúcar no sangue) entre os 20 e 30 mg/dl, quando os níveis de referência começam nos 70mg/dl.

Ljubomir que, como mais empresários, se encontra em greve de fome há sete dias, explicou à TVI que assinou um termo de responsabilidade no momento em que percebeu que se sentia melhor.

Declarei que estava bem, o INEM viu-me muito branco e com os olhos muito pálidos. Assistiram-me e mediram os níveis de açúcar no sangue, que estavam muito baixos”, afirma Ljubomir, sublinhando que sentia dores no peito.

 

No momento em que me disseram que não ia ter um ataque cardíaco, voltei para aqui”, afirmou.

O chef membro do movimento “A Pão e a Água” afirma que já é tempo de este braço-de-ferro terminar e diz que o não agendamento do Governo de uma reunião com os empresários é “ridículo".

Isto é um braço-de-ferro que o próprio Governo está a fazer, nós estamos aqui porque queremos uma reunião e isto está a tornar-se um pouco ridículo”, afirma.

Os manifestantes acampados à frente da Assembleia da República preparam-se para cumprir aquele que será o sétimo dia de greve de fome e a sua luta tem visto compaixão de vários lados do país, nomeadamente dos setores da restauração, discotecas e bares.

O empresário João Miranda, dono de uma padaria e de um restaurante na Baixa do Porto, veio esta quinta-feira de manhã para marcar presença no protesto.

Viemos aqui de propósito, sentimos que era necessário participarmos de alguma forma neste movimento que representa aquilo que o setor está a passar, uma luta que todos do setor se identificam”, explica o empresário, sublinhando que já teve de despedir pessoal. “Não vemos alternativas”.

Na quarta-feira, o Governo disse que era "falso" que se tenha recusado a receber os manifestantes em greve de fome do movimento “A Pão e Água”, ao contrário das afirmações de alguns dos seus membros na comunicação social.

O gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital lembra que, em 18 de novembro, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor (SECSDC) e a secretária de Estado do Turismo reuniram com a Associação Nacional de Discotecas, “representada por José Gouveia e Alberto Cabral”, duas das pessoas “que se encontram em protesto em frente à Assembleia da República”.

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