Arquidiocese de Braga investiga duas queixas de abusos sexuais a menores - TVI

Arquidiocese de Braga investiga duas queixas de abusos sexuais a menores

  • Bárbara Cruz
  • Com Lusa - atualizada às 14:25
  • 19 mai 2020, 09:23
Religião

Uma das denúncias visa um sacerdote que até há pouco tempo exercia funções num órgão destacado da Cúria Diocesana

A Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis da Arquidiocese de Braga está a investigar duas queixas de alegados abusos sexuais por parte de dois elementos do clero, disse ao JN o bispo auxiliar D. Nuno Almeida.

As queixas, de acordo com o JN, são recentes, tendo sido apresentadas a esta comissão que foi uma das primeiras a ser criadas em Portugal, seguindo as orientações do Vaticano e da Conferência Episcopal Portuguesa. 

O jornal escreve ainda que uma das queixas, que está em fase de investigação, visa um sacerdote que até há pouco tempo exercia funções num órgão destacado da Cúria Diocesana. A outra denúncia visa um pároco que já morreu há alguns anos.

Em comunicado, divulgado pela agência Lusa, aquela comissão refere que ambos os casos terão ocorrido há mais de 30 anos e que, por estarem canonicamente prescritos, não foram denunciados às autoridades

Em relação ao último, a comissão sublinha que “se novos casos forem apresentados, o processo será reaberto”.

A Comissão de Proteção de Crianças, Jovens e Pessoas Vulneráveis da Arquidiocese de Braga foi criada por decreto do arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, em 22 de outubro de 2019.

No comunicado, diz que “está sempre solidária com as vítimas e sofre com o seu sofrimento incomensurável” e que tratou “com o máximo cuidado” as queixas que recebeu, “no respeito pela presunção de inocência”.

Estamos conscientes que não há justiça, e muito menos prescrições, que reconfortem as vítimas, nem aliviem o seu sofrimento. Resta-nos, para além de partilhar as suas dores, manter-nos à disposição das vítimas para um acompanhamento psicológico e espiritual”, lê-se ainda no comunicado.

As 20 dioceses portuguesas deveriam criar até ao mês de junho estas comissões de proteção de menores para investigar casos de abusos mas, segundo o JN, as dioceses de Beja, Guarda, Viana do Castelo, Viseu, Coimbra e Setúbal ainda não o fizeram. Sete destas comissões já criadas garantiram ao JN não ter recebido qualquer denúncia: são elas Bragança-Miranda, Évora, Funchal, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa e Santarém.

 

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