Centenas de brinquedos deixados à porta do tribunal de Braga contra libertação de pai abusador - TVI

Centenas de brinquedos deixados à porta do tribunal de Braga contra libertação de pai abusador

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  • 10 mai 2020, 22:56
Sala de audiências

Um homem, de 44 anos, foi detido no passado domingo pela Polícia Judiciária por suspeita de abusar sexualmente da filha de 15 anos, na casa em que viviam, em Braga. Acabaria por ser libertado

Centenas de brinquedos foram colocados, neste domingo, à entrada do Tribunal de Braga, num protesto de uma associação de mulheres contra a decisão judicial de deixar em liberdade um homem suspeito de abuso sexual da filha de 15 anos.

O protesto foi promovido pela Associação Mulheres de Braga, (AMBRAGA), cuja presidente, Emília Santos, disse que este é um "grito de revolta por mais uma decisão judicial que deixa as vítimas entregues à sua sorte".

Não se compreende que um homem que abusa de uma filha, de 15 anos, seja deixado em liberdade, apenas com proibição de se aproximar das filhas e com pulseira eletrónica. Na prática, tanto a vítima como a irmã, ambas menores, ficam completamente expostas ao perigo", referiu.

Um homem de 44 anos foi detido no passado domingo pela Polícia Judiciária por suspeita de abusar sexualmente da filha de 15 anos, na casa em que viviam, em Braga.

Um juiz de instrução criminal no Tribunal de Braga acabou por libertá-lo, aplicando-lhe, como medidas de coação, apresentações periódicas na PSP e proibição de se aproximar das filhas, a menos de 500 metros, uma medida controlada por pulseira eletrónica.

Em protesto contra estas medidas de coação, que considera "extremamente leves", a AMBRAGA colocou à porta do tribunal, além das centenas de brinquedos, outros objetos relacionados com crianças, como mochilas, desenhos, livros, sapatilhas e bonecas.

Entre várias tarjas, destaca-se uma que refere "deixamos estes brinquedos como o senhor juiz deixou desprotegidas aquelas crianças".

Queremos que o tribunal nos explique o porquê daquelas medidas de coação", disse Emília Santos, adiantando que a associação pretende ainda constituir-se assistente no processo.

O movimento Mulheres de Braga foi criado em setembro de 2019, para combater a violência doméstica, depois da morte de uma mulher, degolada em frente ao tribunal da cidade, alegadamente pelo antigo companheiro.

 

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