Um homem acusado de abusar sexualmente e de engravidar a filha adotiva, de 11 anos, em Matosinhos, começou esta quinta-feira a ser julgado no Tribunal de Matosinhos à porta fechada, dado tratar-se de crimes sexuais.
O arguido, de 44 anos, está acusado de 21 crimes, sendo 18 deles de abuso sexual de crianças na forma agravada e três de pornografia de menores.
Devido à concentração de amigos e familiares da menor à porta do tribunal, o homem, sujeito a termo de identidade e residência – medida de coação mais leve – e à proibição de contactar e de se aproximar da filha, teve de sair acompanhado pelo corpo de intervenção da PSP.
Segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, a menor, adotada pelo casal em 2014, começou a ser abusada sexualmente pelo pai desde essa altura até 2017, ano em que se descobriu que estava grávida, tendo posteriormente abortado.
À saída do tribunal, a mãe da menor contou aos jornalistas, depois de ter sido informada pelo advogado, de que o arguido confessou parcialmente os factos, tendo confessado oito dos 21 crimes de que está acusado, sem precisar quais.
Disse ainda que o pai explicou não reconhecer a criança como filha, dado a adoção não ter sido uma opção sua.
A mãe da criança frisou ainda que, depois de ouvidas todas as testemunhas, se procedeu às alegações finais, tendo o procurador do Ministério Público pedido uma pena de 15 anos de prisão.
Além desta menina, o casal tem ainda uma outra filha adotiva, portadora de uma deficiência.
O coletivo de juízes marcou a leitura da decisão judicial para dia 10 de maio, às 14:00