Indemnização pedida por morte de amigo de Angélico é «exagero» - TVI

Indemnização pedida por morte de amigo de Angélico é «exagero»

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Pais de Hélio Filipe exigem à mãe do cantor o pagamento de 236 mil euros

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O Fundo de Garantia Automóvel (FGA) considerou «manifestamente exagerada» a indemnização pedida em tribunal pela família de Hélio Filipe, vítima mortal no acidente de viação que em 2011 também matou o cantor Angélico Vieira.

Os pais de Hélio Filipe intentaram uma ação no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro, contra a mãe do cantor, que responsabilizam pela morte do seu filho, e reclamam o pagamento de 236 mil euros.

A ação visa ainda o FGA, o stand Impocar (dono do BMW conduzido por Angélico) e o anterior proprietário do automóvel.

O FGA já contestou a ação, argumentando que Hélio, que seguia no banco de trás da viatura do cantor, não trazia o cinto de segurança colocado, uma conduta que, «além de ilícita, porque constitui uma infração ao código de estrada, é culposa».

«Não há qualquer dúvida que a circunstância do falecido viajar sem cinto de segurança esteve na origem da projeção e embate violento do seu corpo no separador central em cimento da autoestrada, provocando-lhe as lesões corporais que vieram a originar a sua morte», lê-se na contestação do FGA, a que a Lusa teve hoje acesso.

O Fundo de Garantia Automóvel conclui, assim, que o valor reclamado «terá de ser proporcionalmente reduzido» em face do grau de comparticipação do jovem na produção e agravamento dos danos que o mesmo veio a padecer em consequência do sinistro.

Além do FGA, também o stand Impocar e o anterior proprietário do automóvel apresentaram a sua contestação, pugnando pela improcedência da ação.

«Não se pode demandar o vendedor do veículo, mas apenas o proprietário da viatura, que a conduzia no momento do acidente, e o FGA, pelo facto de o veículo circular alegadamente sem seguro válido», sustenta o stand Impocar.

A mãe de Angélico Vieira ainda não apresentou a sua contestação e o prazo limite para o fazer termina na quinta-feira. No entanto, ainda pode apresentar a contestação até ao dia 24, mediante o pagamento de multa.

Nesta ação, os pais de Hélio reclamam uma indemnização de 230 mil euros, por danos não patrimoniais, e uma quantia de cerca de seis mil euros, por danos patrimoniais.

Os autores consideram que o facto de Hélio não trazer cinto de segurança na altura do acidente, como consta no inquérito, é «irrelevante» para o seu falecimento, concluindo que este facto «deve ser atribuído exclusivamente à extrema violência do embate do veículo que Angélico conduzia e à velocidade em que seguia».

O cantor e ator Angélico Vieira morreu no Hospital de Santo António, no Porto, dias após um acidente que ocorreu na A1, em Estarreja, provocando também a morte do passageiro Hélio Filipe e ferimentos nos ocupantes Armanda Leite e Hugo Pinto.

As autoridades concluíram que a viatura se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, na altura em que o veículo seguia a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 km/h e realçam que Angélico, assim como o outro passageiro da frente, seguiam com cinto de segurança.
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