Tua: comboio inspeccionado na véspera - TVI

Tua: comboio inspeccionado na véspera

Acidente no Tua

CP assegura que composição não tinha problemas. Transporte garantido através de autocarro

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O comboio acidentado na linha do Tua, que provocou um morto e dezenas de feridos, foi inspeccionado na véspera (quinta-feira), não tendo sido detectada qualquer falha de segurança, informa a TSF. A informação é confirmada pelo porta-voz da CP.

Entretanto, a CP vai disponibilizar, a partir deste sábado, um serviço rodoviário alternativo na Linha do Tua, na sequência da interrupção da circulação por causa do acidente ocorrido na sexta-feira, acrescentou à agência Lusa.



Feridos andaram centenas de metros

«Perdi o controlo de tudo»

Haverá dois autocarros diários que partirão de Mirandela às 9h37 e 16h14 para Tua, passando por Abreiro e Brunheda, e outros dois, de regresso, às 13h51 e 19h30. Para servir os clientes com origem ou destino em Codeçais e S. Lourenço, a CP anuncia que o serviço rodoviário fará paragem no cruzamento da estrada nacional. A venda de bilhetes para aquele itinerário rodoviário será hoje retomada nas estações da CP.

Telemóvel mudo

As composições da Linha do Tua circulam sem qualquer tipo de comunicação, levando apenas a bordo um telemóvel que fica mudo na maior parte do percurso por falta de rede, disse à Lusa o presidente do Metro de Mirandela, José Silvano.

Recorde-se que esta falta de comunicações obrigou algumas das vítimas do acidente de sexta-feira a percorrerem centenas de metros para pedirem socorro.

Não existe rede móvel no local do acidente, a zona da Brunheda, assim como ao longo de grande parte do percurso da linha do Tua, e «da carruagem não seria possível contactar porque não tem sistema de comunicações», referiu José Silvano. O único meio de comunicação disponível na linha está reduzido às estações, onde existe ligação à Internet.

José Silvano explicou que o maquinista acciona um dispositivo ao passar em cada estação que dá indicação à central em Mirandela, de que está a cumprir o percurso. Se num acidente como o de sexta-feira ninguém tivesse condições para procurar socorro, só seria detectado quando falhasse a comunicação na passagem em alguma das estação e a central accionasse meios para averiguar a situação.

Questionado pela Lusa sobre a razão de nunca terem sido criadas condições de comunicação, o presidente do Metro de Mirandela disse que o serviço naquele percurso é da responsabilidade da CP. A linha é propriedade da REFER.
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