Santarém pronto para acolher até 16 refugiados do primeiro grupo - TVI

Santarém pronto para acolher até 16 refugiados do primeiro grupo

O inverno dos refugiados

Presidente do Conselho Português para os Refugiados vai estar no concelho na quarta-feira para acertar detalhes e para uma decisão definitiva sobre o acolhimento

O concelho de Santarém pode vir a acolher até 16 pessoas dos primeiros 30 refugiados que vão chegar em breve a Portugal, adiantou esta segunda-feira, à agência Lusa, a vice-presidente da Câmara Municipal, Susana Pita Soares. 

“Temos dois apartamentos de tipologia T3 e um T2 equipados para acolher até um máximo de 16 pessoas”, especificou a responsável pelo pelouro da Ação Social do município de Santarém, adiantando que a autarquia está a tratar deste processo “há meses”.

Uma das casas situa-se nos arredores da cidade e as outras duas em Vaqueiros, povoação “muito desertificada” onde o município possui habitações “muito boas” e com uma população “mais idosa e muito acolhedora”, o que poderá facilitar a integração.

A presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, estará na quarta-feira à tarde em Santarém para “acertar detalhes” e para uma “decisão definitiva” sobre se algumas das primeiras famílias a chegar a Portugal virão para o concelho e quando, adiantou Susana Pita Soares.

A autarca contou ainda que a receção às famílias refugiadas tem envolvido todas as instituições da rede social do concelho. Está garantida ja uma entrega imediata de géneros pelo Banco Alimentar e apoio na alimentação pelas Misericórdias de Pernes e de Santarém, além de estararticulado com os serviços de saúde e de educação uma resposta imediata nestas áreas.

Por outro lado, têm sido muitas as pessoas individuais que têm contribuído para dotar as habitações das roupas e alguns eletrodomésticos necessários, estando o município a contactar empresas para algum recheio ainda em falta, disse a vereadora, adiantando que o mobiliário foi oferecido pela JJ Louro, a maior empregadora do concelho.

“Percebemos que é uma gota de água, mas se todos os municípios acolherem algumas famílias já será uma resposta significativa”.


A responsável sublinhou ainda a necessidade de haver “equilíbrio entre acudir a uma situação que aflige muito” quem é sensível ao drama das famílias que fogem da guerra e dar resposta às famílias do concelho que aguardam por uma habitação.

Quanto à recetividade da população, Susana Pita Soares referiu os “muitos contactos” de “gente disposta a ajudar”, desde os que disponibilizam as suas casas aos que se oferecem para acompanhar as famílias em situações do dia-a-dia, como ir às compras ou dar explicações. "Têm sido muitas as adesões ao nosso Banco do Voluntariado", adiantou.
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