A atividade sísmica “acima do normal” na ilha de S. Miguel, nos Açores, fez com que a povoação sentisse cerca de “duas dezenas” das “algumas centenas de microssismos” registados nas últimas horas.
A informação foi dada à TVI24 por João Luís Gaspar, coordenador do CIVISA (Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores).
“Os sismos, com magnitudes regra geral abaixo de três, tiveram epicentro em terra e ocorreram perto de zonas habitadas, daí terem sido sentidos.”
O abalo mais forte, de magnitude 3,6 na escala de Richter, foi sentido às 6:18 (hora local), com intensidade máxima na Escala de Mercalli.
Até agora, não houve registo de qualquer dano. O coordenador do CIVISA garantiu ainda que não foi emitido qualquer alerta de tsunami. “Não há esse risco neste tipo de atividade”, garantiu.
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João Luís Gaspar acrescentou que "a situação está neste momento estacionária, mas ainda longe dos valores normais".
O especialista esclareceu ainda que a situação é irregular apenas na zona central da ilha de S. Miguel, no restante arquipélago os valores de sismos registados estão dentro dos parâmetros normais.
Deixou também alguns conselhos: "Não permanecer em habitações vulneráveis e evitar circular em estradas e caminhos onde os taludes são mais íngremes, porque podem ocorrer derrocadas."
Ao final da manhã, o Tenente Coronel Carlos Neves, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), disse que a atividade sísmica tem "baixado ligeiramente de frequência".
"Podemos dizer que nas povoações entre Água de Pau e a Povoação, a sul da ilha de São Miguel, foi onde sentiram mais os sismos, e a norte, entre Rabo de Peixe e Fenais da Ajuda", acrescentou.