Funcionários de instituto público e empresários acusados de ajustes diretos arranjados - TVI

Funcionários de instituto público e empresários acusados de ajustes diretos arranjados

  • BM
  • 9 mai 2019, 22:44
Processos

Funcionários adjudicavam por ajuste direto obras para o instituto – cujo nome não é revelado - que eram feitas pelas empresas "pertencentes, geridas ou controladas" pelos empresários

O Ministério Público (MP) acusou esta quinta-feira sete pessoas, três delas de um instituto público, por participação económica em negócio que terá lesado o Estado em pelo menos 151 mil euros, anunciou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

Numa nota divulgada na página da instituição na internet, refere-se que o MP requereu julgamento, por tribunal coletivo, por estar "suficientemente indiciado" que os três funcionários do instituto público arquitetaram um plano para adjudicar por ajuste direto obras para o instituto – cujo nome não é revelado - que eram feitas pelas empresas "pertencentes, geridas ou controladas" pelos outros quatro arguidos, empresários.

O preço das obras era "artificialmente" aumentado pelo grupo, o que levou o instituto público a pagar demasiado dinheiro pelo trabalho feito, "em benefício do património dos arguidos e das sociedades envolvidas".

Os arguidos violaram normas de contratação pública e os princípios da legalidade, da transparência, da livre concorrência e da unidade da despesa" e "o Estado sofreu um prejuízo de valor não inferior a 151.000 euros", refere o MP.

Para os três funcionários que trabalham no instituto público, o MP pediu "pena acessória de proibição de exercício de funções públicas por período não inferior a três e dois anos".

Para os outros arguidos, pede "proibição de celebrar, de participar e intervir" em contratos de "construção, fornecimento de equipamento, prestação de serviços e quaisquer outros com o Estado ou com qualquer entidade ou organismo com utilidade pública".

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