Ao fim de quatro horas de reunião na madrugada desta terça-feira, o Conselho Superior da Ordem dos Advogados decidiu solicitar ao bastonário que clarifique as suas afirmações, refere a Lusa.
«O Conselho Superior entende, em conformidade, e no exercício das suas competências, notificar o senhor bastonário, solicitando-lhe que, no âmbito dos seus deveres estatutários, contribuindo para o apuramento da verdade, para o prestígio da Ordem dos Advogados e da Justiça, concretize as situações por si referidas para que não fique sombra de impunidade ou suspeita de calúnia», poder ler-se na acta.
O supremo órgão jurisdicional da Ordem declara ter tomado «conhecimento das menções» que Marinho Pinto «vem fazendo em declarações públicas e em comunicado dirigido à classe, nomeadamente aquelas que visam o funcionamento de órgãos da Ordem e seus titulares».
«Tribunais tornaram-se um paraíso para os caloteiros e um inferno para os credores»
O presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, José António Barreiros, esclareceu que não há prazo definido para o bastonário cumprir a indicação.
Há uma semana, o bastonário dos Advogados acusou os dirigentes dos órgãos distritais da instituição que criticaram o seu desempenho de estarem a fazer oposição interna e de não saberem o significado da democracia.
Marinho Pinto afirmou que «muitos dos magistrados, principalmente juízes, agem como se fossem divindades» e «actuam como donos dos tribunais», locais em que os «cidadãos são tratados como servos e os advogados como súbditos».
Bastonário vai ter de «prestar contas»
- Redação
- CP
- 15 jul 2008, 08:09
Conselho Superior da Ordem dos Advogados exige clarificação das denúncias de Marinho Pinto
Continue a ler esta notícia