Fazia-se passar por advogado e burlava imigrantes - TVI

Fazia-se passar por advogado e burlava imigrantes

  • LCM com LUSA
  • 24 jul 2018, 18:00
Inspetores do SEF dizem que situação do tráfico de seres humanos "não está devidamente controlada"

O suspeito, de 50 anos, fazia-se passar por advogado, angariava cidadãos em situação irregular em Portugal sob falsas promessas de regularização, levando a crer que se tratava de uma pessoa com ligações privilegiadas a organismos públicos

Um homem suspeito de crimes de burla qualificada, auxílio à imigração ilegal e falsificação ou contrafação de documento, entre outros ilícitos, foi constituído arguido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na região da Grande Lisboa.

Segundo adianta um comunicado do SEF, o suspeito, de 50 anos, fazia-se passar por advogado, angariava cidadãos em situação irregular em Portugal sob falsas promessas de regularização, levando a crer que se tratava de uma pessoa com ligações privilegiadas a organismos públicos.

A angariação decorria com a ajuda de endereços eletrónicos e sítios na internet.

Através daquele estratagema, o homem terá burlado centenas de cidadãos estrangeiros, cobrando a cada um, pela suposta legalização, montantes na ordem dos 400 euros, entregando-lhes em troca falsos comprovativos com o timbre do SEF, ganhando assim credibilidade junto da comunidade estrangeira, explicou o SEF.

O burlão, alvo de várias queixas, fazia desta atividade o seu modo de vida, mudando constantemente de residência e deixando um rasto de dívidas, revela ainda o SEF.

Na sequência de mandado de busca, o SEF apreendeu um elevado número de falsos comprovativos de agendamento ao SEF, registos criminais, atestados de residência, contratos de trabalho, bem como listagens e anotações manuscritas referentes a dados biográficos de cidadãos estrangeiros em situação irregular angariados pelo arguido.

Das provas apreendidas constam ainda equipamentos de suporte informático e de telecomunicações (computadores e telemóveis), relacionados com os crimes praticados.

A investigação deste caso, iniciada pelo SEF em 2017, prossegue sob coordenação do Ministério Público.

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