Tomás nasceu num avião no Dia dos Namorados

Ninguém nasce no Porto Santo e este é o caso de Tomás Leão Câmara que nasceu na madrugada do Dia dos Namorados, no Aviocar da Força Aérea Portuguesa, quando este aterrou no Aeroporto Internacional da Madeira.

Em declarações à agência Lusa, a mãe, Carina Leão, com 27 anos, considerou o parto, que aconteceu «três semanas e quatro dias antes do prazo previsto, que era o dia da Mulher (8 Março), assustador e espectacular».

Bebé nasce em aeronave da Força Aérea

«Não tenho palavras para agradecer a toda a tripulação, enfermeiros e bombeiros», acrescentou.

Referiu que a «gravidez decorreu sem problemas de maior e que o importante é ele estar agora aqui bem».

Carina Leão, funcionária da rent-a-car na Ilha Dourada, mencionou que começou a sentir algumas dores nas costas durante o dia, mas não deu muita importância, só que cerca da meia-noite foi ao centro de saúde e o serviço decidiu-se pela evacuação visto que as contracções eram com intervalos de cinco minutos.

Embora estivesse uma ambulância à sua espera para a transportar para o Hospital Central do Funchal, o Tomás não quis esperar e acabou por nascer na placa, cerca das 04:00, com os motores do avião ainda a trabalhar.

Carina Leão disse à Lusa que espera regressar ao Porto Santo já no sábado com o seu primeiro filho, que nasceu com 2,285 gramas.

O nascimento do Tomás no avião é um caso pontual, embora não seja raro, visto que o Centro de Saúde da ilha do Porto Santo não reúne as condições necessárias para efectuar partos, disse à Lusa fonte daquela unidade de saúde.

As grávidas no Porto Santo são seguidas nos centros de saúde e, no âmbito de um protocolo celebrado com a secretaria regional dos Assuntos Sociais, depois de uma última consulta as mulheres são encaminhadas para a ilha da Madeira onde ficam até ao parto.

«Ninguém nasce no Porto Santo, só em casos excepcionais», afirmou a mesma fonte.

O Tomás foi o primeiro caso de urgência em maternidade registado este ano.