Pai de criança que morreu afogada em pedreira absolvido - TVI

Pai de criança que morreu afogada em pedreira absolvido

Justiça

Construtor condenado vai ter que pagar 42 mil euros à mãe da criança

Relacionados
O pai da criança que morreu em 2003, afogada no lago de uma pedreira, e que estava acusado de homicídio por negligência, foi absolvido esta quinta-feira pelo Tribunal de Vila do Conde. Já o construtor civil foi condenado.

Segundo a agência Lusa, dos seis arguidos, apenas o construtor civil, que por permuta explorava o terreno onde a criança morreu, foi condenado, pelo crime de homicídio por negligência (por omissão).

Belmiro Couto Pereira ficou obrigado ao pagamento de 2500 euros, que correspondem a uma multa de 250 dias, à taxa diária de 10 euros e, ainda, a uma indemnização de 42.500 euros à mãe da criança, como compensação pela morte do filho. Os avós maternos e os proprietários do terreno foram absolvidos.

O caso remonta a 14 de Julho de 2003, quando Tiago Pereira, com cinco anos, morreu afogado no lago de uma pedreira, situada em Vila do Conde, na zona de Portas Fronhas.

Na altura, a criança estava ao cuidado dos avós maternos e do pai, mas, e de forma que não foi apurada, terá saído de casa, dirigindo-se para um terreno contíguo, onde estava localizada a pedreira e o respectivo lago. O menor acabou por cair à água e morreu afogado, como veio a comprovar a autópsia.

A mãe da criança, que na altura residia em Braga, acusou os avós maternos e o pai do menino, assim como os donos do terreno e ainda o construtor civil de homicídio por negligência, reclamando uma indemnização de mais de 190 mil euros.

Durante a leitura da sentença, a juíza considerou como único culpado da morte da criança o construtor, porque era, na altura, o responsável pelo terreno e «teria bastado ter procedido à sua vedação», para «evitar o acesso da criança ao lago e posterior morte».
Continue a ler esta notícia

Relacionados