PSP detém homem condenado por agredir polícias nas festas de Loures em 2017 - TVI

PSP detém homem condenado por agredir polícias nas festas de Loures em 2017

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  • 16 mar 2021, 16:03
Crime

Homem, que se encontrava em fuga, foi encaminhado ao Estabelecimento Prisional de Lisboa para cumprimento da pena

A PSP deteve um homem de 28 anos, na segunda-feira, em Loures, no distrito de Lisboa, condenado a prisão por ter agredido polícias nas festas do Catujal, ocorridas em 2017, e que andava fugido, foi esta terça-feira anunciado.

De acordo com as forças policiais, o homem foi detido na União das Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação para cumprimento de prisão efetiva de oito anos e seis meses pela prática de dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada e dois crimes de ofensa à integridade física qualificada.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) adianta que o homem, que se encontrava em fuga, foi encaminhado ao Estabelecimento Prisional de Lisboa para cumprimento da pena.

Em agosto de 2018, quatro jovens foram condenados a penas efetivas até oito anos e meio de prisão por agressões e tentativa de homicídio de três polícias que faziam segurança num arraial na povoação do Catujal, em Loures, em 3 de julho de 2017.

Na leitura do acórdão, que decorreu no Tribunal de Loures, o presidente do coletivo de juízes, Rui Teixeira, absolveu um dos cinco arguidos e sublinhou, em relação aos quatro arguidos condenados, que “atitudes grupais” violentas como as que foram praticadas por estes “não colhem” numa sociedade de bem.

Graças à persistência e perseverança dos polícias, o arguido foi localizado e detido em virtude de o mesmo alternar com frequência o seu paradeiro e abrigar-se em várias residências do concelho de Loures e Odivelas”, avança o Cometlis.

A PSP lembra que os restantes três membros do grupo já se encontram detidos e a cumprir as respetivas penas.

Os agentes policiais foram feridos violentamente com pedras, pontapés e murros. Segundo o juiz, quem age desta forma “sabe que o resultado final pode ser a morte”, razão pela qual foram condenados pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada, além do crime de ofensa à integridade física qualificada.

Os quatro cometeram os crimes de homicídio qualificado na forma tentada, pois quem atira pedras como vocês atiraram e agride com joelhadas na cabeça, sabe necessariamente que o resultado possível é a morte”, vincou o juiz Rui Teixeira, na altura.

Um dos arguidos foi condenado a oito anos e meio de prisão, outros dois a sete anos e meio de prisão e outro arguido a sete anos de cadeia, todos por dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada e por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada.

Os quatro arguidos foram ainda condenados a pagar 30.000 euros a dois dos polícias (15.000 euros para cada um), que se constituíram assistentes no processo, por danos não patrimoniais, e mais de 6.000 euros aos mesmos dois agentes policiais, por danos patrimoniais.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, o episódio de violência ocorreu na madrugada de 03 de julho de 2017, durante um arraial organizado pela paróquia de São José da Nazaré, na qual participavam 200 pessoas.

Os agentes da PSP estavam fardados, em missão de serviço remunerado, a fim de “assegurar a manutenção da segurança e ordem pública”, refere a acusação, acrescentando que no local se encontravam os cinco arguidos, com idades entre 19 e 25 anos, “os quais integravam um grupo composto por, pelo menos, 10 indivíduos”.

Pelas 00:30, dois dos jovens aproximaram-se dos polícias “mantendo um olhar fixo e provocatório” direcionado a um dos agentes, com um dos arguidos a dizer: “’Tás a olhar para mim para quê, ó bófia? Porque é que estás a olhar assim para mim?”, relata a acusação.

O PSP levantou o braço e tocou no peito de um dos arguidos, para o afastar.

A partir deste momento, a acusação enumera uma série de agressões cometidas pelos arguidos, que incluem empurrões, pontapés e socos em diversas partes do corpo, nomeadamente na cabeça e quando alguns dos polícias estavam caídos no chão.

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