Agrediam, filmavam e punham imagens na Internet - TVI

Agrediam, filmavam e punham imagens na Internet

Violência [arquivo]

Madeira: jovens envolvidos tem entre os 12 e os 16 anos

Um grupo de jovens, entre os 12 e os 16 anos, agredia idosos e crianças, no Funchal, filmando as agressões com telemóveis e colocando as imagens em sítios da Internet, revelou esta sexta-feira a PSP-Madeira, adiantando ter neutralizado o bando, noticia a Lusa.

O comissário Roberto Fernandes precisou que o grupo era composto por seis jovens, «todos devidamente integrados em estruturas familiares de classe média» e que os actos de «violência gratuita» eram praticados no Concelho do Funchal, junto a parques públicos, zonas balneares ou recintos escolares.

Roberto Fernandes referiu que estes «comportamentos desviantes» foram «sinalizados há cerca de três ou quatro meses», tendo a PSP actuado criminalmente na sequência de «algumas queixas formalizadas pelas vítimas ou pelos encarregados de educação».

Destacou que os alvos «eram seleccionados, recaindo a escolha sobre pessoas que não podiam oferecer resistência», madeirenses ou estrangeiros.

Disse que a PSP está a trabalhar em conjunto com o Ministério Público e que as medidas sancionatórias a aplicar aos adolescentes são «tutelares, educativas, sendo que no caso mais grave podem ir até ao internamento em centros educativos».

«Este é um caso inédito em termos de gravidade na Região», apontou.

«Humilhar publicamente»

Um comunicado emitido pela PSP diz que o grupo de adolescentes foi identificado esta semana e está conotado com a «prática de vários actos ilícitos qualificados pela lei como crime, designadamente de ofensas à integridade física, dano e difamação».

A mesma nota acrescenta que «os menores em causa, de forma organizada e deliberada, preparavam complexas combinações de substâncias químicas e alimentares, de forma a obterem cocktails viscosos e com forte potencial de toxicidade, utilizando seguidamente essas matérias para violentar gratuitamente as suas vítimas na via pública».

Adianta que as vítimas eram pessoas muito mais novas ou mais velhas que os jovens agressores, madeirenses ou estrangeiros, e que escolhiam «parques públicos, recintos escolares e imediações de complexos balneares» para efectuar as agressões, «provocando fortes prejuízos no vestuário e outros artigos afectados directamente pelas referidas substâncias».

Realça que os actos eram «filmados por um ou mais membros do grupo, através dos seus telemóveis, para depois serem colocadas e difundidas na Internet, num sítio [Youtube] de fácil e grande acesso público, com o objectivo de humilhar publicamente as vítimas».

HB
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