Caso Cláudia Simões: imagens de videovigilância podem ser apagadas a partir de quarta-feira - TVI

Caso Cláudia Simões: imagens de videovigilância podem ser apagadas a partir de quarta-feira

  • Catarina Caseirito
  • 18 fev 2020, 14:48
Cláudia Simões

A legislação prevê que as imagens de videovigilância da Amadora sejam apagadas ao fim de 30 dias. Esta quarta-feira, dia 19 de janeiro, faz precisamente um mês desde que Cláudia Simões foi detida na Amadora, numa paragem de autocarro

Os advogados de Cláudia Simões apresentaram um requerimento para terem acesso às imagens de videovigilância da Amadora, ao qual ainda não obtiveram resposta. A partir desta quarta-feira, as imagens poderão ser apagadas. 

A legislação (Lei n.º 9/2012, artigo 9.º) prevê que as imagens de videovigilância da Amadora sejam apagadas ao fim de 30 dias e, regra geral, é isto mesmo que acontece.

As gravações obtidas de acordo com a presente lei são conservadas, em registo codificado, pelo prazo máximo de 30 dias contados desde a respetiva captação, sem prejuízo do disposto no artigo anterior", lê-se neste artigo.

Esta quarta-feira, dia 19 de fevereiro, faz precisamente um mês desde que Cláudia Simões foi detida na Amadora, numa paragem de autocarro. A mulher alega ter sido agredida por um polícia e diz ter temido pela vida, garantindo que vai lutar com todas as suas forças contra a violência e o racismo.

Os advogados apresentaram um requerimento para terem acesso às imagens de videovigilância, no dia 21 de janeiro, ao qual não obtiveram resposta. A defesa apresentou esta segunda-feira um novo requerimento com caráter de urgência. 

Cláudia Simões foi detida numa paragem de autocarro na Amadora, distrito de Lisboa, depois de um desentendimento com o motorista de um autocarro. Foi acusada de agredir o agente, mas diz-se vítima de agressões da polícia quando se encontrava algemada.

O polícia terá pedido a identificação à mulher, que terá recusado, tendo de seguida sido detida à força. Terá sido então que o agente foi mordido no braço, tendo recebido tratamento hospitalar.

Ele estava a sufocar-me, estava a apertar-me as goelas, tive de o morder porque se não morria. Não estaria aqui para contar a minha história", descreveu Cláudia Simões à TVI, referindo-se ao momento da detenção.

O Minstério da Administração Interna abriu um inquérito à atuação da polícia durante a detenção.

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