Segundo o responsável da comissão regional do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais, “o chefe foi brutalmente agredido por um recluso quando (…) chamou a atenção do detido para aguardar a sua vez para ir fumar, o que às vezes é proibido nestes espaços”.
Valeriano Rosário considerou ser “lamentável que este incidente tenha ocorrido durante a festa de Natal do Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF), na qual marcaram presença algumas entidades como o juiz presidente da Comarca da Madeira e o representante da República”, quando “devia prevalecer o civismo e o bom senso”.
O guarda do EPF, uma infraestrutura que, segundo o diretor, tem capacidade para 300 detidos e regista uma ocupação de 260, dos quais nove são mulheres (uma com uma criança), mencionou que nesta festa participavam cerca de 130 reclusos.
“Temos vindo a alertar para esta onda de indisciplina e falta de rigor na comunidade reclusa do EPF”, adiantou o mesmo dirigente sindical.
O responsável argumentou que, na ocasião, “valeu a prontidão dos outros guardas que imobilizaram o recluso e o conduziram à zona prisional”.
Valeriano Rosário adiantou que “está a decorrer um inquérito interno para averiguar o que se passou”.
A Lusa questionou a Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais sobre esta ocorrência, mas, até ao momento, não obteve qualquer comentário.