Bruno de Carvalho dispensado de sessão de julgamento por trabalhar e não ter carro próprio - TVI

Bruno de Carvalho dispensado de sessão de julgamento por trabalhar e não ter carro próprio

  • CE
  • 18 nov 2019, 18:01

Além do antigo presidente do Sporting, outros 19 arguidos foram dispensados da segunda sessão do julgamento, que se realiza amanhã

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O antigo presidente do Sporting foi dispensado da segunda sessão de julgamento do caso das agressões em Alcochete. Bruno de Carvalho alegou não ter carro e ter uma ocupação profissional que lhe toma quatro horas por dia, duas de manhã e duas à tarde. 

Além de Bruno de Carvalho, outros 19 arguidos foram também dispensados da próxima sessão. 

O julgamento do processo do ataque à academia de futebol do Sporting, em Alcochete, começou esta segunda-feira no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, com 44 arguidos.

Bruno de Carvalho apresentou-se como "comentador desportivo". Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, afirmou, em tribunal, que soube na véspera da intenção da claque Juventude Leonina em invadir a academia.

O único dos 44 arguidos a prestar declarações no arraque do julgamento, contou ainda que recebeu um SMS de Tiago Silva, gestor de bilhetes da claque, sobre a ida à academia e disse que era “normal membros da claque irem à academia falar com jogadores e treinadores” quando havia maus resultados.

Disse também que informou André Geraldes, ex-team manager da equipa de futebol, por mensagem, mas que este não respondeu, mesmo depois de o tentar contactar várias vezes.

Em agosto deste ano, o juiz de instrução criminal Carlos Delca decidiu levar a julgamento os 44 arguidos nos exatos termos da acusação do Ministério Público (MP), no âmbito do processo do ataque à Academia.

Foram pronunciados 41 elementos do Grupo Organizado de Adeptos Juventude Leonina (Juve Leo) e do subgrupo Casuais (Casuals), em coautoria, por 40 crimes de ameaça gravada, por 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro (97 crimes classificados como terrorismo, puníveis com pena de prisão de dois a 10 anos).

Estes 41 arguidos estão também pronunciados por dois crimes de dano com violência, por um crime de detenção de arma proibida agravado e por introdução em lugar vedado ao público.

Quatro destes elementos da claque respondem ainda por outros crimes, como resistência e coação sobre funcionário, tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida.

O antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, o líder da claque Juve Leo, Nuno Mendes, conhecido como Mustafá, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, vão responder, como autores morais, por 40 crimes de ameaça gravada, por 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro.

Mustafá responde ainda por um crime de tráfico de estupefacientes.

Todos negam os factos que lhes são imputados e acreditam numa absolvição. Há sessões marcadas no tribunal de Monsanto até fevereiro, ficando a sala reservada até abril

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