Afinal, aquele copo de vinho ao almoço pode não fazer bem ao coração - TVI

Afinal, aquele copo de vinho ao almoço pode não fazer bem ao coração

Álcool [Arquivo]

Novo estudo afirma que mesmo quantidades reduzidas de álcool podem aumentar os riscos de doença coronária e baixa pressão arterial

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A redução do consumo diário de álcool, mesmo quando é ligeiro, diminui os riscos de doença coronária, de pressão arterial elevada e ajuda perder peso, indica um estudo publicado, esta sexta-feira, no British Medical Journal.

Ao contrário dos conselhos que muitos médicos dão aos pacientes, de que um copo ou dois de álcool por dia é bom para o coração, o estudo vai em sentido oposto e diz que essa medida «passa das marcas».

O estudo foi realizado por investigadores da Universidade da Pensilvânia que tiveram por base 50 outros estudos publicados sobre hábitos de consumo de bebidas alcoólicas e a sua relação com a saúde em mais de 260 mil europeus.

Segundo a «SkyNews», a investigação revelou que algumas pessoas são portadoras de uma variante genética associada ao baixo consumo de álcool e têm um perfil cardiovascular melhor que aquelas que não possuem a variante, nomeadamente com um ricos 10% menor de doença coronária e baixa pressão arterial.

«As recomendações atuais devem ser atualizadas à luz destes novos dados», afirmou o professor Juan Pablo Casas à «SkyNews». «Beber não é bom para o coração, e as pessoas devem estar conscientes dos seus efeitos. Quanto menos álcool, melhor».

Por sua vez, um investigador do «British Heart Foundation», Shannon Amoils, afirmou que os «estudos sobre consumos de álcool estão carregados de dificuldade, em parte porque dependem da honestidade dos participantes sobre os seus hábitos de consumo. Neste caso os investigadores usaram uma forma inteligente de contornar o problema ao incluir pessoas predispostas a beber menos».

«Os resultados reforçam a ideia que quantidades pequenas ou moderadas de álcool podem não ser benéficas para o coração, ainda que o estudo deva ser repetido num grupo maior para obtenção de respostas definitivas», afirmou.
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