Reações à vacina "são raras", mas especialistas desaconselham toma a pessoas com antecedentes alérgicos graves - TVI

Reações à vacina "são raras", mas especialistas desaconselham toma a pessoas com antecedentes alérgicos graves

Vacina Pfizer/BioNTech

Garantem ainda que, apesar da informação clínica disponível sobre essas reações ser muito limitada, não existe um risco acrescido de efeitos adversos em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema

Têm sido levantadas várias questões relacionadas com as possíveis reações alérgicas que possam surgir depois da toma da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech. A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) desvaloriza e diz que se tratam de "eventos raros"

As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100 000 indivíduos", lê-se no comunicado. 

Nesse sentido, os imunoalergologistas garantem que as alergias à vacina Pfizer-BioNTech "serão também eventos raros". Ainda que a informação clínica disponível sobre essas reações seja muito limitada, asseguram que não existe um risco acrescido de efeitos adversos em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema.

 

Todavia, a SPAIC deixa duas orientações sobre quem deve e não deve tomar a vacina: 

Propomos que: 1) a vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19 não seja administrada em doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas, e que 2) a relação risco-benefício seja avaliada por um Imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias". 

Recorde-se que a Comissão Europeia aprovou, na segunda-feira, a vacina Comirnaty desenvolvida pela Pfizer/BioNTec contra a covid-19, horas após o parecer favorável da Agência Europeia do Medicamento.

Em comunicado, os especialistas relembram que estas vacinas só deverão ser administradas em Unidades de Saúde "onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas" e que o período de vigilância - 30 dias após a toma da primeira dose - deve ser respeitado. 

As primeiras vacinas contra a covid-19 deverão chegar a Portugal em 26 de dezembro e até abril deverão ser vacinadas 950 mil pessoas.

Segundo anunciou a ministra da Saúde, os profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central serão os primeiros a ser vacinados, o que deverá acontecer no dia 27 de dezembro.

De acordo com o calendário provisório de entrega de vacinas da Pfizer, em dezembro serão entregues 9.750 doses, em janeiro 303.225, em fevereiro 429.000 e em março 487.500.

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