Ângela tem 32 anos, conheceu Hugo quando este tinha 27 e estava doente com um cancro. Viveram intensamente esse grande amor que os uniu ao ponto de casarem numa cama de hospital, quando Hugo estava à beira da morte. Morreu 12 horas depois, mas deixou o sémen criopreservado e a vontade expressa de que esse amor sem fim continuasse através do filho que ambos tanto desejavam ter.
A lei não permite que Ângela engravide com o material biológico do marido e o hospital de São João prepara-se para o descongelar. Que direito tem o Estado português de destruir o sémen que o Hugo deixou criopreservado antes de morrer, acompanhado de uma vontade expressa para que Ângela o usasse para engravidar e ter um filho fruto deste grande amor entre os dois? Que Estado é este que destrói o sonho deste casal mas que permite que uma mulher, sozinha e até viúva, engravide de um dador anónimo, que até já pode estar morto, num qualquer banco de esperma? e se fosse consigo? Gostaria de ter o direito a engravidar do grande amor da sua vida, mesmo depois da morte dele?
Estas são questões fracturantes, que vão estar em discussão na antena da TVI ao longo de quatro dias. De segunda a quinta-feira, vamos contar-lhe a mais linda história de amor que já ouviu. Uma história inédita em que a viúva deste amor está a lutar sozinha contra o tempo, tem menos de 50 duas para conseguir levar o sémen do marido para uma clínica em Espanha onde pode tentar engravidar. Uma história de amor emocionante, contada em quatro episódios, que vai surpreendê-lo do primeiro ao último minuto. Até porque o final desta história está em aberto, mas pode vir a ser escrito por todos.
Veja esta segunda-feira o primeiro episódio.