A jornalista norte-americana ficou impressionada ao ver a entrevista de um pediatra que falava sobre os malefícios do açúcar.
Eve Schaub começou a questionar-se sobre que alimentos estava a dar à sua família. Esta mãe de duas meninas, na altura com seis e onze anos, devorou, literalmente, tudo o que podia ler sobre açúcar e depois conversou com o marido e as filhas. Stephen, o marido, disse logo que “sim”, mas, as meninas ficaram mais reticentes.
A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de 25 gramas de açúcar, no máximo, por dia. Ora, um refrigerante pode conter 39 gramas. Cada pacote de açúcar que usamos num café contém sete a oito gramas de açúcar. É só fazer as contas a quantos cafés se bebe por dia.
Mas, Eve descobriu que o açúcar está “escondido” na maior parte dos alimentos à venda. Da maionese ao pão, do ketchup ao bacon, tornando uma ida ao supermercado numa verdadeira aventura e num quebra-cabeças.
The Great Sugar Hunt from Stephen Schaub on Vimeo.
A experiência durou um ano. Não foi fácil para nenhum dos elementos da família, principalmente para as crianças, que viram as festas de aniversário completamente transformadas.
Quando o relógio bateu as 12 badaladas e entraram no ano de 2012, a experiência acabou, mas, ao contrário do que esperavam, os doces já não tiveram para aquelas quatro pessoas o mesmo sabor. Ficou até um amargo, uma repulsa por aqueles sabores. E nada voltou a ser como dantes.
Os hábitos familiares tinham sido modificados e, passado o período de obrigação, o casal e as filhas já não conseguiram voltar a comer o mesmo de antigamente. Eve passou a fazer pão em casa, mas já compra maionese no supermercado, contou ao Huffington Post.
Eve chegou à conclusão de que, naquele ano, a família se sentiu muito melhor fisicamente e as crianças até ficaram doentes menos vezes e faltaram menos à escola. Curiosamente, ninguém emagreceu.
No Sugar Coconut Cake - Eve Schaub Year of No Sugar from Stephen Schaub on Vimeo.
A experiência foi passada a livro este ano. Eve Schaub contou com a colaboração da filha mais velha que, durante aquele período, criou um jornal a relatar a experiência.