Número de internados devido ao surto de legionella no Grande Porto diminui para 14 - TVI

Número de internados devido ao surto de legionella no Grande Porto diminui para 14

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  • 20 nov 2020, 17:10
Legionella (LUSA)

Três altas verificaram-se no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que passa a ter apenas um doente a requerer cuidados na unidade

O número de internados nos hospitais do Grande Porto devido ao surto de legionella, que atinge os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, diminuiu esta sexta-feira para 14, após três pessoas terem recuperado da doença.

Segundo fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), as três altas verificaram-se no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que passa a ter apenas um doente com legionella a requerer cuidados na unidade.

Pelo segundo dia consecutivo, não houve um aumento no número global de casos diagnosticados, que estabilizou nos 85, tal como o número mortes por complicações associadas à doença, que se mantém em nove.

No Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que recebeu a maior parte dos pacientes, e onde se registaram sete óbitos, continuam internadas 10 pessoas, enquanto no Hospital de São João, no Porto, que prestou assistência a 10 pessoas com legionella, mantém-se três pessoas a receber assistência.

Assim, no balanço global divulgado hoje pela ARS-Norte, 85 pessoas foram diagnosticadas com a doença, desde 29 de outubro, das quais 14 continuam internadas e nove morreram.

A origem do surto continua por detetar, mas ARS-Norte divulgou, na terça-feira, que, "como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da ULS de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos".

A empresa de produtos lácteos LongaVida, em Matosinhos, confirmou, quarta-feira, que foi uma das empresas a ter desligado as suas torres de refrigeração "a título preventivo" e aguarda os resultados de novas análises.

Já a conserveira Ramirez, também no concelho de Matosinhos, outra das empresas que recebeu ordem para suspender o equipamento, anunciou quinta-feira que os testes realizados à torre de arrefecimento deram negativos, e reativou a infraestrutura.

Hoje, o Mar Shopping, também em Matosinhos, divulgou que as análises feitas à presença de legionella na torre de refrigeração do centro comercial "tiveram um resultado negativo".

Esta conclusão vem confirmar o resultado da análise realizada por uma empresa externa certificada para o efeito, a que o MAR Shopping Matosinhos recorre para uma monitorização mensal dos seus pontos de água, a última das quais realizada a 13 de novembro", divulgou em comunicado a superfície comercial.

A Câmara Municipal de Matosinhos garantiu estar a "acompanhar de perto e com preocupação o desenvolvimento do surto", considerando que, "independentemente do concelho onde se situem as instalações, o importante é que o foco tenha sido identificado e que esta situação possa, em breve, ser ultrapassada".

Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria Legionella pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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