Menor volta a ser abusada por colegas - TVI

Menor volta a ser abusada por colegas

Aluna de 14 anos voltou a ser agredida brutalmente e alvo de tentativa de violação

A rapariga que foi abusada por um grupo de rapazes da mesma escola de Almada, a 19 de abril de 2013, voltou a ser vítima de abuso sexual pelo mesmo grupo de quatro menores.

No ano passado, a família da jovem de 14 anos apresentou queixa na polícia contra a Escola Ruy Luís Gomes por não ter travado os abusos sexuais à aluna.

De acordo com DN, o grupo terá planeado abusar da colega novamente, o que acabou por acontecer no mês passado, um ano após a primeiro abuso, nas imediações da escola. No entanto, segundo o ministério de Educação e Ciência, em declarações ao tvi24.pt, «a aluna alegadamente vítima de violação em abril de 2013, fora do espaço escolar, não frequenta o estabelecimento de ensino desde outubro de 2013, na sequência de um pedido de transferência efetuado pela encarregada de educação» e os agressores «já não se encontram a frequentar aquela escola: um tinha sido transferido antes de abril de 2013 por aplicação de medida disciplinar e três foram transferidos em outubro/novembro de 2013 para três diferentes escolas após solicitação dos encarregados de educação.»

Ainda segundo o ministério de Educação e Ciência, em 2013 «a diretora da escola foi questionada pela IGEC sobre a situação participada, tendo relatado os factos e as diligências feitas, que incluíram a instrução de procedimentos disciplinares a alunos relativamente aos factos denunciados pela encarregada de educação. Analisados os factos e as explicações dadas pela escola, não foi apurada matéria passível de censura jurídico-disciplinar».

Menor apresenta um quadro de depressão aguda

Durante três meses, entre janeiro e abril do ano passado, a menor foi alegadamente vítima de repetidos abusos sexuais na escola e numa mata próxima por um grupo de colegas entre os 14 e os 16 anos, escreve o diário.

Os abusos começaram a 28 de janeiro de 2013 e prolongaram-se por 12 semanas, sem que a diretora da escola ou o diretor de turma tenham tomado qualquer ação, alertados pelas queixas da aluna e da sua mãe.

Só depois da agressão registada a 19 de abril desse ano, quando a aluna terá sido arrastada para uma mata perto da escola, onde foi agredida brutalmente, durante horas, e alvo de mais abusos sexuais por parte dos suspeitos, é que a escola decidiu agir e suspender por dez dias esses alunos.

A mãe da menor apresentou queixa na PSP pelo crime de abusos sexuais e tentativa de violação, bem como na Inspeção-Geral de Educação e Ciência, o que viria a dar origem a um inquérito no Ministério Público de Setúbal.

Em maio de 2013, a aluna, com historial depressivo agudo, acabou por deixar de frequentar a escola por indicação médica.
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