Estudantes unem-se contra aumento de propinas - TVI

Estudantes unem-se contra aumento de propinas

  • Portugal Diário
  • 12 jun 2007, 15:53
Cordão humano em Coimbra contra aumento de propinas - (Paulo Novais/LUSA)

Coimbra: alunos de Escola Superior de Educação fizeram cordão humano

Relacionados
Cerca de 350 estudantes da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) participaram esta terça-feira num cordão humano contra o eventual aumento de propinas nos estabelecimentos que integram o Instituto Politécnico (IPC) local, noticia a agência Lusa.

«Estamos contra a intenção do IPC em declarar a propina única de 750 euros no próximo ano e 850 daqui a dois anos» disse aos jornalistas Laurindo Filho, presidente da associação de estudantes (AE) da ESEC.

Actualmente, os 1.749 alunos da ESEC pagam 650 euros de propina anual.

Segundo o dirigente estudantil, o Conselho de Gestão do IPC anunciou em Abril a intenção de aumentar as propinas para 750 euros, mas o Conselho Geral do Instituto, em parecer não vinculativo, «chumbou» a pretensão de estabelecimento de uma propina única para todas as escolas da instituição. É aguardada agora a decisão final do Conselho de Gestão.

De mãos dadas e durante cerca de 30 minutos, o cordão de estudantes circundou a escola, mas acabaria por falhar «por pouco» o objectivo de envolver todo o quarteirão.

«Temos aqui 350 alunos, penso que é um número muito bom, numa altura em que muita gente está em exames ou em estágio», afirmou o dirigente associativo.

Além de fazerem o cordão humano, os estudantes da Escola Superior de Educação colocaram faixas negras em redor do estabelecimento de ensino, em luto académico simbólico, e estão a recolher assinaturas num abaixo-assinado contra o aumento das propinas.

Para o início do próximo ano lectivo põem a hipótese de novas formas de luta, não excluindo o encerramento das instalações da escola, decisão que terá primeiro de passar por uma reunião geral de alunos.

A iniciativa de hoje serviu ainda como protesto pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, aprovado há cerca de um mês pelo Conselho de Ministros.

O presidente da AE contestou o documento, frisando que aquele «retira aos alunos a participação nos órgãos da escola».
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE