"Era com o apagador, era com um pau, era com ameaças. Mentalmente, aquilo era um inferno para as crianças"
À TVI, esta e outras mães deram o seu testemunho daquilo que os filhos lhes contaram ou que, não contando, ficaram a saber já tarde demais.
"Quando comecei a fazer perguntas à professora ela disse 'não, a sua filha está a mentir'. simulei que ia embora e ela estava a dizer à minha filha: 'Ah, já disseste à tua mãe? Vais ficar de castigo'"
Só depois da batalha judicial é que Elisabete Pequeno respira agora de alívio ao saber da decisão judicial.
Em causa, estão agressões verbais e físicas de Inês Louro a 19 alunos. A maioria das crianças agredidas tinha seis anos na altura dos crimes.
A denúncia partiu de uma colega da docente que assistiu aos maus-tratos. Foi formalizada uma queixa e iniciou-se o processo.
Em tribunal, a professora negou as acusações, mas o juiz considerou credíveis os depoimentos das crianças ofendidas, não tendo dúvidas em dar como assente a violência física e psicológica exercida por Inês Louro sobre a generalidade do alunos, ao longo de todo o ano letivo.
Segundo fontes da TVI, durante as audiências a docente não mostrou qualquer tipo de arrependimento. E foi, aliás, esta falta de arrependimento que levou o juiz a ter mão pesada e a condenar a arguida por três crimes de ofensas à integridade física qualificada e 16 crimes de maus tratos.
"É isso que me dá revolta. Se se tivesse arrependido, pronto, a pena podia ser menor", lamentou uma das mães.
A TVI tentou contactar a direção da escola, mas sem sucesso. Quanto à docente Inês Louro, está afastada de funções e aguarda para já em liberdade, até porque pode recorrer da decisão da Justiça.