Covid-19: pandemia está a agravar a poluição dos oceanos, alerta Quercus - TVI

Covid-19: pandemia está a agravar a poluição dos oceanos, alerta Quercus

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  • publicado por Rafaela Laja
  • 8 jun 2020, 08:25
Número de máscaras e luvas no fundo dos oceanos aumenta

Em causa está o descarte de objetos de proteção individual, nomeadamente máscaras e luvas, Esta segunda-feira assinala-se o Dia Mundial dos Oceanos

A associação ambientalista Quercus alertou esta segunda-feira, Dia Mundial dos Oceanos, para o agravamento da poluição marinha com a pandemia de Covid-19, em particular o descarte de objetos de proteção individual, nomeadamente máscaras e luvas.

Em comunicado, a Quercus sublinha que os oceanos enfrentam várias ameaças, sendo a mais mencionada nos últimos anos a poluição por plásticos, mas que veio agravar-se com a pandemia de Covid-19.

Se por um lado a pandemia de covid-19 demonstrou ao mundo que quando algumas atividades humanas param, a saúde do nosso planeta melhora, o mesmo não podemos dizer sobre os nossos Oceanos”, é referido.

No entendimento da Quercus, a “falta de civismo e educação agravou de forma visível a poluição marinha, com o descarte de objetos de proteção individual nas ruas que acabam por ter como destino final o fundo dos mares e oceanos”.

Para a associação ambientalista, é fundamental que as pessoas percebam, que “quando pensam em deitar fora, esse fora não existe”.

Tudo o que descartamos acaba por, de algum modo, prejudicar o ambiente”, refere-se no comunicado.

A Quercus lamentou ainda que “mais uma vez se permita que interesses económicos se sobreponham ao interesse da conservação da natureza e de ecossistemas importantes”.

Sobre esta assunto, a Quercus exemplifica com o caso da construção de empreendimentos turísticos na extensão dunar da Herdade da Comporta, com início previsto para setembro deste ano, e a retoma das dragagens no Sado.

Ambos os projetos trazem apenas benefícios económicos sem consideração pelos impactes que terão nos ecossistemas e avançam apesar das inúmeras manifestações de indignação por parte da sociedade civil e população”, sublinha a associação.

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