Quercus lança campanha com ONG europeias para incentivar uso de saco reutilizável - TVI

Quercus lança campanha com ONG europeias para incentivar uso de saco reutilizável

  • JFP
  • 2 jul 2018, 16:19
Almaraz: Vigília contra central nuclear

"Portugal não pode ficar indiferente" ao problema da poluição dos oceanos pelo plástico, "até pela dimensão de costa que possui", salientam os ambientalistas

A associação ambientalista Quercus vai lançar, com organizações internacionais, uma campanha para desafiar os portugueses a levarem de casa o saco para as compras, para reduzir a utilização de descartáveis.

Para assinalar o Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, que se comemora na terça-feira, a Quercus promove, em parceria com as organizações não-governamentais European Environmental Bureau (EEB) e Fondation por la Nature (MAVA), a campanha "Portugal Sem Plásticos, estás interessado?".

"Portugal não pode ficar indiferente" ao problema da poluição dos oceanos pelo plástico, "até pela dimensão de costa que possui", salientam os ambientalistas.

Por isso, consideram ser fundamental apostar na sensibilização para a redução do uso de descartáveis, aliada a políticas ambientais que limitem a utilização destes materiais e apostem numa maior diferenciação dos produtos cuja conceção promova a incorporação de matérias-primas recicladas e na promoção da separação e reciclagem dos lixos, "sem as quais não haverá economia circular".

As metas da União Europeia apontam para uma diminuição do uso de sacos de plástico leves em 50% até 2017 e em 80% até 2019.

No final de 2014, a lei da reforma da fiscalidade verde introduziu uma taxa de 10 cêntimos por cada saco de asas em plástico leve o que resultou numa mudança dos hábitos dos consumidores que começaram a levar os seus sacos de casa e a reutilizá-los.

Consequentemente, segundo a associação de defesa do ambiente, verificou-se uma redução de cerca de 50% na compra de sacos de plástico nos supermercados.

Em Portugal, "a sensibilidade das pessoas sobre o impacto das escolhas individuais no ambiente está a aumentar", salienta Carmen Lima, da Quercus, citada num comunicado da associação divulgado esta segunda-feira, apontando que "ainda há muito a fazer, quer na educação ambiental, quer a nível da reciclagem deste tipo de materiais".

A Quercus estima que 96% da população Portuguesa está familiarizada com o problema da poluição por plástico, mas que 65% não sabe identificar quando os plásticos são recicláveis.

Plásticos, como cotonetes, palhinhas ou sacos de plástico descartáveis, vão parar aos oceanos e deterioram-se, dando origem a pequenas partículas que são ingeridas pelos animais e podem levar à sua morte.

Através dos peixes, os microplásticos chegam à cadeia alimentar humana.

A poluição do mar pelos plásticos é um problema global. Em 1990, a produção de plástico era metade da atual e daqui a alguns anos poderá existir no oceano mais plástico do que peixe, se nada for feito para evitar o elevado consumo deste material, segundo organizações ambientalistas.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE