Farmácias hospitalares devem ser repensadas, admite ex-ministra - TVI

Farmácias hospitalares devem ser repensadas, admite ex-ministra

Ana Jorge

Ana Jorge considera que deve haver um estudo de viabilidade económica

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A antiga ministra da Saúde Ana Jorge defendeu esta quarta-feira que as farmácias hospitalares devem ser alvo de um estudo de viabilidade económica, já que estão falidas, e que os medicamentos em unidose devem ser repensados.

Embora considere que o insucesso das seis farmácias hospitalares seja mais um problema de localização e tipo de investimento, Ana Jorge admitiu tratar-se «de facto de um problema» que «deve ser repensado», noticia a agência Lusa.

As seis farmácias hospitalares criadas pelo Governo socialista estão, segundo noticia o jornal «i», à beira da falência, sendo que no caso de Leiria já terá dado entrada em tribunal um pedido de insolvência.

A falta de sucesso dessas farmácias «tem a ver também com a localização, com aquilo que foi o investimento por quem apostou e depois não conseguiu retirar o rendimento», afirmou a antiga ministra, garantindo que «ainda há muitos hospitais que mostram interesse».

Ainda assim, Ana Jorge reconheceu que o problema «merece um estudo de viabilidade económica».

A actual deputada do PS admitiu ainda que os medicamentos em unidose, que deveriam ter sido lançados nas farmácias hospitalares, devem ser repensados.

«Pela minha experiência enquanto médica, achei uma excelente ideia que o doente pudesse levar só a quantidade [de medicamentos] que precisava, não havendo desperdício e não aglomerando em casa medicamentos que não fossem necessários», disse em declarações à Lusa.

Aumento de despesas com medicamentos

Sobre o aumento em 4,1 por cento das despesas com remédios consumidos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, Ana Jorge lembra que esses medicamentos «são totalmente gratuitos para os doentes» e referem-se a «medicamentos para doenças como o cancro, a SIDA e algumas doenças reumáticas, raras e complexas».

De acordo com a ex-ministra, trata-se de «medicamentos que não têm genéricos e que são de dispensa obrigatória e sem custos para o doente».

Por isso, defende, a solução para não continuar a aumentar a despesa é, por um lado, «renegociar os preços, porque há medicamentos que são muito vendidos e que já têm muitos anos e não faz sentido que os laboratórios os tenham a preços tão elevados».
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