Enfermeiros: bastonária defende divulgação dos nomes do crowdfunding "se for legal" - TVI

Enfermeiros: bastonária defende divulgação dos nomes do crowdfunding "se for legal"

  • SS
  • 10 fev 2019, 09:51

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros insistiu ainda que não houve violações aos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral para a greve dos enfermeiros

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, defende a divulgação dos nomes que contribuíram para o fundo solidário que tem financiado a greve dos enfermeiros "se isto for legal". Numa entrevista à TSF e o DN, publicada este domingo, a responsável insistiu ainda que não houve violações aos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral.

Se for legal, eu penso que se deve divulgar que as contribuições não vieram, como eu sei que não vieram, de grupos de interesses. Eu tenho a certeza que as cinco pessoas que gerem este fundo e que têm acesso aos dados - eu não tenho nem quero ter - estão a dizer a verdade." 

A bastonária vincou, porém, que "há uma nova lei de proteção de dados" e que, para essa divulgação acontecer "tem de haver uma pronúncia da Comissão Nacional de Proteção de Dados para ninguém cair numa ilegalidade".

Recorde-se que o jornal Expresso noticiou este fim de semana que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai investigar o fundo solidário que tem financiado a greve dos enfermeiros e que já angariou mais de 784 mil euros. Os inspetores vão analisar o regime jurídico das plataformas de crowdfunding para verificar as informações prestadas, montantes das doações e eventuais incompatibilidades.

Nesta entrevista, a bastonária insistiu que não houve violações aos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral para a greve. 

Na primeira greve cirúrgica não detetamos isso, a garantia foi dada pelos enfermeiros diretores, e nesta segunda, pese embora tenhamos a mesma informação de que não houve, temos de ter a certeza. Daquilo que sabemos até aqui sem falar com os enfermeiros diretores é que não", afirmou.

Quando decretou a requisição civil na greve dos enfermeiros, a ministra da Saúde, Marta Temido, justificou esta decisão com as "situações de incumprimento de serviços mínimos reportadas em diversos hospitais". Mas a bastonária garantiu que ainda não encontrou "um único caso que comprove essa situação".

Isto não é um dérbi de futebol, isto não é um Benfica-Sporting. Temos de falar de factos porque até agora desde que comecei a ouvir essa questão da violação dos serviços minímos ainda não ouvi um único caso que comprove essa situação", sublinhou.

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