Associação Nacional de Bombeiros preocupada com demissão de Miguel Macedo - TVI

Associação Nacional de Bombeiros preocupada com demissão de Miguel Macedo

(LUSA)

A ANBP considera que a demissão pode trazer consequências uma vez que o mandato ficou «marcado por falta de decisões»

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A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais manifestou-se preocupada com as consequências que a demissão do ministro da Administração Interna pode trazer para o setor, considerando que o mandato ficou «marcado pela falta de decisões».

«Miguel Macedo demitiu-se ontem (domingo), depois de três anos em funções. Para trás deixa um mandato marcado pela falta de decisões de fundo para o setor», refere a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP), em comunicado.

Segundo a ANBP/SNBB, Miguel Macedo não definiu o estatuto profissional e a lei de financiamento dos bombeiros sapadores, não tendo também dado resposta ao horário de trabalho e à falta de efetivos.

Os bombeiros profissionais adiantam que aguardam agora pela nomeação de um novo ministro da Administração Interna para que seja feito um ponto da situação «dos graves problemas» que afetam o setor e para que sejam «recuperadas algumas das propostas decisivas para a sobrevivência e salvaguarda» da classe.

Miguel Macedo anunciou domingo a sua demissão do cargo de ministro da Administração Interna, garantindo não ter qualquer intervenção no processo dos vistos 'gold', mas reconhecendo que a investigação em curso o deixou com «autoridade diminuída».

Várias pessoas próximas de Miguel Macedo, como o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, e o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Palos, estão a ser investigados no âmbito da Operação Labirinto, que visa alegados casos de corrupção na atribuição de vistos 'gold'.

Numa declaração lida, no domingo, Miguel Macedo disse não ter «qualquer responsabilidade pessoal» no caso de atribuição alegadamente fraudulenta de vistos dourados, que está a ser investigado no âmbito da Operação Labirinto, mas reconheceu que não tinha condições políticas para se manter no cargo.
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