Afinal, Angélico conduzia com o cinto posto - TVI

Afinal, Angélico conduzia com o cinto posto

Só os ocupantes do banco traseiro viajavam sem cinto. Cantor também não foi desencarcerado

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Angélico Vieira viajava com o cinto colocado quando sofreu o acidente que lhe tirou a vida na madrugada deste sábado. A informação de que Angélico viajava sem cinto foi inicialmente avançada, mas o comandante dos Bombeiros confirmou ao tvi24.pt que este foi cortado por um bombeiro em dois pontos.

«O Angélico viajava com o cinto posto e um bombeiro cortou o cinto para o socorrer. Os únicos que viajam sem cinto eram os ocupantes do banco de trás que foram cuspidos. O "pendura" também deveria viajar com cinto, mas tirou-o quando saiu do carro para pedir ajuda», disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira, Manuel Neto.

O mesmo responsável explica ainda que o cantor não foi desencarcerado, «apenas houve necessidade de aliviar o tablier para melhor poder socorrer o Angélico», explicou. Também esta quarta-feira, Hugo Pinto, o jovem que sobreviveu ao acidente apenas com ferimentos ligeiros afirmou à TVI que Angélico viajava com o cinto posto.

Ao que a tvi24.pt, apurou quando a GNR chegou ao local o cinto já estava cortado e as vítimas estavam a ser socorridas. Oficialmente o Destacamento de Trânsito da GNR de São João da Madeira informa que do acidente resultaram duas vítimas mortais, um ferido grave e um ligeiro e que apenas dois ocupantes do veículo foram projectados para fora do carro.

Inicialmente surgiu a informação de que Angélico também teria sido «cuspido» do automóvel, o que levou as autoridades a suspeitarem de que o cantor também viajava sem cinto. Foi também divulgado que a primeira vítima mortal do acidente teria sido atropelada, no entanto, as primeiras diligências não confirmam este cenário, segundo apurou o tvi24.pt junto de fonte policial.

Excesso de velocidade pode não ter sido causa

A investigação ao acidente está ainda numa fase inicial e o processo «ainda não foi despachado» pelo procurador competente, segundo foi possível apurar junto do Ministério Público da Comarca do Baixo Vouga. Só as perícias efectuadas pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes do Destacamento de Trânsito de Aveiro poderão explicar o que realmente aconteceu, mas para já não é certo que o excesso de velocidade ou mesmo o rebentamento de um pneu, como também foi avançado, estejam na origem do despiste.

«Um acidente a 120 km/h pode perfeitamente causar a destruição total do veículo e a morte dos ocupantes», explicou ao tvi24.pt o major Pereira Leal, especialista na investigação de acidentes de trânsito.

A destruição do BMW 635d, a segurança que o modelo do veículo alegadamente oferece e a velocidade que o carro atinge apontam automaticamente para um cenário de excesso de velocidade, no entanto, pode não ter sido esse o caso. «É prematuro apontar as causas apesar da destruição do veículo. Só a recolha de dados rigorosa poderá explicar o que aconteceu», adiantou.

Os especialistas na investigação de acidentes de viação vão agora efectuar as medições da travagem, caso exista, avaliar a força de energia que provocou os danos no veículo e os ferimentos das vítimas para calcular a que velocidade Angélico circulava no momento do embate. Os testes vão ainda permitir apurar se houve alguma falha mecânica, como o rebentamento de um pneu ou falha no eixo da roda.

Por conhecer estão também os resultados às análises toxicológicas efectuadas no Hospital (uma vez que Angélico sobreviveu ao acidente) para despistagem de álcool ou estupefacientes. Os resultados deverão ser conhecidos nos próximos dias, no entanto, esta informação será enviada, pelo hospital, para o Ministério Público que terá ainda que decidir sobre a publicidade ou segredo do inquérito instaurado.
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