Mataram 150 cães em dois meses - TVI

Mataram 150 cães em dois meses

  • Portugal Diário
  • 8 nov 2007, 19:46

Liga Olhanense dos Amigos dos Animais acusa funcionários da Câmara de Olhão

A Liga Olhanense dos Amigos dos Animais Abandonados (LOAAA) entregou recentemente uma queixa-crime ao Ministério Público contra dois funcionários da Câmara de Olhão acusando-os de violarem direitos dos animais e de matarem 150 cães no canil na cidade em apenas dois meses.

Em declarações à Lusa, a presidente da Liga, Natália Viegas disse que nos últimos dois meses devem ter sido mortos no canil de Olhão «150 animais" [cães] e que só numa noite tinham sido mortos entre "50 a 60 cães».

Segundo a presidente da LOAAA, o «abate incluiu uma cadela grávida e prestes a parir que foi levada a cabo por um funcionário da Câmara e um veterinário».

A Liga acusa ainda um funcionário da Câmara Municipal de Olhão de utilizar uma pistola anestesiante, que só deve ser utilizada por autoridades policiais, e que em plena luz do dia, numa rotunda da cidade, atirou à perna de um cão, em vez de atirar para um flanco do animal.

Segundo Natália Viegas, os terrenos onde está instalado o canil camarário vão ser alvo de reestruturação, para instalação de um hotel e condomínio de luxo.

O autarca de Olhão, Francisco Leal desmentiu à Lusa ter existido qualquer tipo de abate no canil camarário, «até porque tem promovido o espaço».

«Não houve matança maciça, nem haverá nunca. Se houvesse conhecimento disto eu teria agido imediatamente. Garanto-lhe que nunca foram mortos animais indiscriminadamente enquanto eu estive sentado nesta cadeira [da presidência]», declarou à Lusa Francisco Leal.

O presidente da Câmara de Olhão adiantou, contudo, que proibiu a presidente da LOAAA de entrar no canil, embora não tenha esclarecido as razões da proibição.

«Aqui não há ninguém acima da lei», sublinha Francisco Leal, que confessa estar magoada com a acusação da Liga dos Amigos dos Animais, porque sempre defendeu os animais.

«Estou incomodado, mas a população de Olhão conhece-me bem para saber que eu não iria fazer uma coisa destas. Eu não passo de amigo a inimigo dos animais».
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