António Paixão é o novo comandante da Proteção Civil - TVI

António Paixão é o novo comandante da Proteção Civil

  • 29 nov 2017, 21:20
GNR

Coronel da GNR fundou e liderou o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) e atualmente estava à frente do comando territorial da GNR de Lisboa. Liga dos Bombeiros defende que "estão a militarizar estrutura” da ANPC

O coronel da GNR António Paixão vai ser o novo comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), disse à Lusa fonte da ANPC, nesta quarta-feira.

A mesma fonte adiantou que a indigitação de António Paixão foi hoje comunicada internamente pelo presidente da ANPC, tenente-general Mourato Nunes.

Segundo a fonte, Patrícia Gaspar, atualmente adjunta de operações nacional da ANPC, vai assumir o lugar de segundo comandante operacional.

António Paixão fundou e liderou o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e atualmente estava à frente do comando territorial da Guarda Nacional Republicana de Lisboa.

Desde 14 de setembro, data em que Rui Esteves pediu a demissão de comandante operacional nacional da ANPC, que o lugar era ocupado interinamente pelo tenente-coronel Albino Tavares, também ex-comandante do GIPS.

O tenente-general Mourato Nunes, antigo comandante-geral da GNR, tomou posse como presidente da ANPC em 9 de novembro.

"Estão a militarizar a estrutura”

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, lamentou hoje a escolha do coronel António Paixão, defendendo que estão a “militarizar a estrutura”.

Assumo frontalmente, enquanto presidente da Liga, que o Governo não está a ter o respeito institucional que deve ter. O Governo e a ANPC não têm tropas, são da sociedade civil, das associações humanitárias de bombeiros e câmara municipais, a ANPC só tem generais e coronéis. Estão a militarizar uma estrutura”, disse à agência Lusa.

Para Marta Soares, a escolha de um coronel da GNR vem “alterar um estatuto” que existia na ANPC.

Nunca esteve no comando da ANPC nenhum militar, mas sim pessoas recrutadas no âmbito dos próprios bombeiros. Para comandar um exército de bombeiros devia ser alguém ligado aos bombeiros, esta não é a nossa escolha e a nossa vontade.”

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu que tem “muitas reticências” sobre a maneira como os bombeiros se vão posicionar, indicando que o conselho executivo da Liga vai reunir de emergência na quinta-feira e que vai também encontrar-se com o ministro da Administração Interna.

O que vou transmitir ao ministro é que é uma ideia que não me agrada.”

 

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