Proteção Civil sem helicópteros Kamov - TVI

Proteção Civil sem helicópteros Kamov

Helicópteros KAMOV - Foto Lusa

Da frota do Estado apenas um aparelho está operacional. ANPC reconhece gravidade da situação

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A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) informou hoje que apenas um dos cinco helicópteros Kamov da frota do Estado está operacional e não garante a entrada de outras duas aeronaves no dispositivo de combate a incêndios deste ano.

“Neste momento está apenas em condições de plena operacionalidade um dos cinco Kamov da frota do Estado”, refere a ANPC, adiantando que duas aeronaves vão ser reparadas num “curto espaço de tempo” e as outras duas requerem intervenções mais profundas, “não sendo possível garantir a sua entrada no atual dispositivo”.


Para compensar a falta destes meios, a Proteção Civil sublinha que foram adotadas medidas alternativas que “passam pela antecipação da entrada de meios aéreos no dispositivo, nomeadamente helicópteros ligeiros e aviões bombardeios médios”.

Em comunicado, a ANPC garante que está a diligenciar no sentido de reforçar ainda mais o dispositivo com meios aéreos que permitam “minimizar o impacto da indisponibilidade dos helicópteros Kamov”.

Esta situação com os helicópteros deve-se, segundo a ANPC, com o processo de transferência, iniciado em março, dos Kamov para a empresa Everjets, que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos.

Durante este processo, a ANPC detetou “não conformidades graves no estado das aeronaves”, que ditaram “a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados”.

A Proteção Civil realça que todos os aparelhos “inspecionados necessitaram ou necessitam de intervenções técnicas”.

“Dada a gravidade da matéria apurada, esta Autoridade irá agir por todos os meios ao seu dispor para defesa e garantir do interesse patrimonial do Estado”, sustenta.


Fonte oficial da ANPC disse à Lusa que “no limite” poderá ser interposta uma ação judicial, mas não especificou contra que entidade.

No comunicado, a ANPC refere também que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) prevê um total de 49 meios aéreos para a época mais crítica em fogos, entre 01 de julho e 30 de setembro.

A fase “Bravo”, que está a decorrer até 30 de junho, prevê o empenhamento de 30 meios aéreos desde 15 de junho, segundo o DECIF.

A agência Lusa contactou a ANPC sobre o número de meios aéreos atualmente operacionais no combate aos fogos, mas não obteve, até ao momento, qualquer resposta.

 
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