A Vice-Presidente do Conselho dos Oficiais de Justiça suspendeu preventivamente, esta quarta-feira, o oficial de justiça António Joaquim, amante de Rosa Grilo, que viu o tribunal reverter a decisão da primeira instância, aplicando-lhe uma pena de prisão de 25 anos pelo homicídio do triatleta Luís Grilo.
A decisão foi comunicada em despacho, que será apresentado no dia 17 ao Plenário do Conselho dos Oficiais de Justiça para ratificação.
O Tribunal da Relação de Lisboa reverteu a decisão da primeira instância e condenou António Joaquim, amante de Rosa Grilo, a 25 anos de cadeia em cúmulo jurídico - 24 pelo homicídio de Luis Grilo e um ano por profanação de cadáver. O Tribunal da Relação manteve a pena de Rosa Grilo, que tinha sido condenada pelo Tribunal de Loures à pena máxima de 25 anos.
António Joaquim tinha sido ilibado do envolvimento do crime. Em março, o tribunal alegou falta de provas que colocavam António nos locais do crime. A arma usada para matar Luís seria a única prova que o poderia ligar ao homicídio do triatleta. Mas, logo na primeira sessão de julgamento, Rosa ilibou o amante, assegurando ao Tribunal que foi ela quem tirou a arma de casa de António “para se proteger dos angolanos”, sem que aquele soubesse.
A decisão, que teve como relatores o juiz desembargador José Adriano e o juiz adjunto Vieira Lamin, alterou assim a matéria de facto, dando razão ao recurso apresentado pelo Ministério Público que contestou a absolvição de António Joaquim.