Apito: Augusto Duarte ouvido à porta fechada - TVI

Apito: Augusto Duarte ouvido à porta fechada

Presidente do FC. Porto, Pinto da Costa

Árbitro não quer tornar pública a razão da sua ida a casa de Pinto da Costa

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(ACTUALIZADA ÀS 19HORAS)

O árbitro Augusto Duarte, um dos arguidos no «caso do envelope» do Apito Dourado, foi esta segunda-feira ouvido no Tribunal de Gaia durante hora e meia, à porta fechada, refere a Lusa.

À saída, nenhum dos arguidos (Pinto da Costa, presidente do FC Porto, Augusto Duarte e António Araújo, um empresário do futebol) prestou qualquer declaração, o mesmo sucedendo com os seus advogados.

Augusto Duarte pediu para ser ouvido à porta fechada porque o arguido pretendia referir em audiência factos cuja publicidade «causaria grave dano à dignidade das pessoas» que iriam ser mencionadas.

A juíza Catarina Ribeiro de Almeida validou este argumento, conjugado com os depoimentos prestados em anterior sessão pelos co-arguidos Pinto da Costa e António Araújo.

Os dois tinham referido que Pinto da Costa recebeu Augusto Duarte em sua casa para corresponder a um pedido de ajuda do árbitro na resolução de um problema familiar.

Pinto da Costa acrescentou então que revelaria que problema era esse, caso obtivesse a anuência de Augusto Duarte.

O Tribunal de Gaia está a julgar desde a penúltima terça-feira o chamado «caso do envelope», processo reportado ao encontro Beira Mar-FC Porto, da 31ª jornada da Superliga de 2003/2004, que foi realizado em 18 de Abril de 2004 e terminou com um empate sem golos.

Jorge Nuno Pinto da Costa e António Araújo estão pronunciados pelo crime de corrupção activa desportiva.

Ao árbitro Augusto Duarte, que tem faltado às audiências alegando motivos de saúde, é imputado o crime de corrupção desportiva na forma passiva.

A corrupção desportiva é punível com prisão até quatro anos, se for activa, ou até dois anos de cadeia, na sua forma passiva.

O processo do «caso do envelope» é um apêndice do mega processo «Apito Dourado», que tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.

O julgamento prossegue terça-feira, às 09:30. Entre as testemunhas a ouvir conta-se Fernanda Freitas, co-autora do livro «Eu, Carolina».
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