Pais satisfeitos com promessa de Sócrates - TVI

Pais satisfeitos com promessa de Sócrates

Escola (arquivo)

Primeiro-ministro anunciou medidas de apoio aos alunos beneficiários do abono de família

Relacionados
A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) congratulou-se, esta quarta-feira, com os apoios extraordinários a alunos com pais desempregados anunciados pelo primeiro-ministro, exigindo que estas medidas «venham para ficar», dada a sua «importância» no combate ao abandono escolar.

«Todas as medidas que visem aliviar as imensas preocupações das famílias, nomeadamente as que dizem respeito aos estudos dos seus filhos, são importantes e positivas», afirmou Albino Almeida, presidente da Confap, em declarações à Agência Lusa.

O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, durante o debate quinzenal no Parlamento medidas de apoio aos alunos beneficiários do abono de família que tenham pelo menos um dos pais desempregados há mais de três meses.

Segundo José Sócrates, enquanto um dos pais se mantiver no desemprego, esses alunos «passarão a ter cem por cento dos apoios, quer no ensino básico, quer no ensino secundário».

«Este alargamento significará um maior benefício nos manuais escolares para o próximo ano lectivo, mas será concretizado desde já noutros apoios, como as refeições escolares», afirmou o primeiro-ministro.

Segundo Albino Almeida, têm chegado nos últimos meses à confederação situações «muito difíceis» de famílias com filhos em idade escolar em que os dois pais estão desempregados.

Por isso, acrescenta, é necessário que os apoios anunciados não se limitem aos tempos de crise, mas sim que «venham para ficar».

Albino Almeida sublinha a importância destas medidas, sobretudo ao nível do ensino secundário, onde há maior tendência para elevadas taxas de abandono, principalmente porque este nível de ensino não é obrigatório.

«Tudo o que seja dar condições para que os alunos terminem as suas qualificações é positivo», reiterou, sublinhando que apenas 3 por cento dos alunos que concluíam o secundário tinham Acção Social Escolar, antes do seu alargamento este ano lectivo.

Em 2008/09, passou de 185 mil para 399 mil o número de alunos que beneficiam do apoio máximo da Acção Social Escolar (ASE), escalão A, que prevê refeições gratuitas, no ensino básico e secundário, e o pagamento integral dos manuais escolares obrigatórios, apenas no básico.

Da mesma forma, o número de alunos com direito ao escalão B da ASE, cujos apoios equivalem a metade dos atribuídos no A, quer no básico , quer no secundário, cresceu de 44.468 para cerca de 311.500.

Segundo o Governo, a medida representou um investimento de 73 milhões de euros, dos quais 30 milhões destinados ao pagamento dos livros escolares e 43 milhões no caso das refeições.
Continue a ler esta notícia

Relacionados