GNR apreende folhas de tabaco que davam para 364 milhões de cigarros - TVI

GNR apreende folhas de tabaco que davam para 364 milhões de cigarros

Cigarros

Apreensão de mais de 182 toneladas já foi classificada como a maior na Europa

A GNR anunciou, esta quarta-feira, a apreensão de mais de 182 toneladas de folhas de tabaco, suficiente para produzir cerca de 364 milhões de cigarros, tendo já sido classificada como a maior na Europa.

As 182 toneladas de folhas de tabaco e tabaco moído foram apreendidas durante uma operação realizada na terça-feira pela GNR, através da Unidade de Ação Fiscal (UAF), e pela Autoridade Tributária e Aduaneira, sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Acão Penal (DCIAP).

Em comunicado citado pela Lusa, a corporação adianta que no âmbito da operação foram realizados 41 mandados de busca (26 domiciliários e 15 não domiciliários) em diversos operadores económicos das regiões do Porto, Vila Nova de Gaia, Fundão, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Ponte de Sor, por suspeita dos crimes de introdução fraudulenta no consumo de tabaco.

Além das folhas de tabaco e tabaco moído, em quantidade suficiente para a produção de mais de 364 milhões de cigarros, a GNR apreendeu também 4.800 maços de cigarros sem estampilha fiscal aposta, várias centenas de milhares de tubos (filtros e papel de fumar prontos a serem preenchidos com tabaco) e 611.526 euros em dinheiro.

A Guarda Nacional Republicana apreendeu ainda três armas ilegais, balanças de precisão, vários acessórios industriais de trituração, elementos documentais e dispositivos informáticos de armazenamento que acompanhavam o desenvolvimento do contrabando de tabaco.

O tenente-coronel Paulo Messias, da UAF da GNR, disse à agência Lusa que a apreensão das mais de 182 toneladas de folhas de tabaco é considerada, até à data, a maior realizada na Europa, constituindo uma fuga ao pagamento de impostos num valor superior a 30 milhões de euros.

De acordo com a GNR, 12 pessoas e seis sociedades foram constituídas arguidas no final da operação.

A GNR refere que “a atividade económica paralela e ilícita era desenvolvida por operadores nacionais e espanhóis, que se dedicavam à produção da planta de tabaco e ao seu processamento”.

Esta estrutura, que estava dispersa em todo o país, “garantia a introdução no consumo através da venda pela internet e de entregas diretas ao domicílio dos seus clientes a fim de evitar o pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC)".

Na operação estiveram envolvidos 114 militares da UAF e 24 inspetores da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Continue a ler esta notícia