A justiça está a funcionar como se de férias se tratasse, mas há processos que não podem parar e Tancos é disso exemplo. O juiz Carlos Alexandre marcou os dias 2 e 3 de abril para o debate instrutório e, de acordo com o despacho a que a TVI teve acesso, dia 2 vai ser também ouvido em interrogatório João Paulino, considerado como o cabecilha do furto das armas de Tancos.
O interrogatório esteve para acontecer em fevereiro, mas a defesa queria ter acesso aos apensos confidenciais onde constam os pormenores das ações encobertas da Polícia Judiciária.
Após autorização para consulta, Paulino quer agora falar, pela primeira vez em todo o caso. O arguido está em liberdade desde final de fevereiro. É acusado de sete crimes, como terrorismo, associação criminosa, tráfico de armas e tráfico de drogas.
A TVI sabe também que há defesas a pedir a ilegalidade de todo o processo, pela forma de atuação da PJ, nomeadamente pela participação de Paulo Lemos, conhecido como fechaduras, em colaboração com os injectores, considerando as defesas como um agente encoberto que forçou algumas das situações de que estão os arguidos acusados.