Mais de 20 homens no rescaldo do incêndio em armazém de enxofre - TVI

Mais de 20 homens no rescaldo do incêndio em armazém de enxofre

  • Redação
  • SS - atualizada às 10:57
  • 15 fev 2017, 08:48

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro, o incêndio está dado como dominado desde terça-feira, mas no local permanecem ainda em operações de rescaldo elementos dos bombeiros de Palmela, dos Sapadores de Setúbal e da GNR

Mais de 20 homens e 11 veículos permanecem no armazém da Sapec Agro, em Mitrena (Setúbal), que ardeu na quarta-feira, um incêndio que obrigou as populações de algumas localidades a ficar em casa devido à poluição do ar.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), o incêndio está dado como dominado, desde terça-feira, mas no local permanecem ainda em operações de rescaldo elementos dos bombeiros de Palmela, dos Sapadores de Setúbal e da GNR.

 As empresas Sapec Química, Boat Center e Sopac, suspenderam a atividade por aconselhamento da Proteção Civil, devido à coluna de fumo que ainda persiste no local.

“Devido a uma mudança de direção do vento, que começou a soprar de norte, aconselhamos estas três empresas a suspenderem a atividade, pelo menos durante a manhã, uma vez que só com a subida da temperatura ambiente a coluna de fumo terá tendência para subir e se dissipar com maior facilidade”, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego.

O comandante dos Sapadores de Setúbal disse ainda que uma área de cerca de 60 metros do armazém onde ocorreu o incêndio já foi coberta com areia, sendo esta a melhor forma de extinguir as chamas.

Paulo Lamego adiantou ainda que falta cobrir outros 60 metros que ainda estão em combustão lenta e admitiu que a situação possa estar resolvida dentro de 24 horas.

Fonte da Proteção Civil Municipal disse à Lusa que já foi levantada a interdição decretada durante o dia de terça-feira para as escolas das freguesias da Gambia, Faralhão e Praias-do-Sado, que hoje já deverão estar a lecionar normalmente.

Ainda de acordo com a Proteção Civil Municipal, além dos seis bombeiros feridos no combate ao incêndio, houve três pessoas que se dirigiram ao hospital com problemas provocados pela nuvem de fumo, mas todos foram considerados feridos ligeiros.

A qualidade do ar na zona de influência do incêndio acabou por ficar restabelecida na noite de terça-feira, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que explicou que o fogo fez libertar para a atmosfera dióxido de enxofre.

O poluente foi “monitorizado em contínuo através das estações de qualidade do ar existentes no território nacional”, explicou a APA num comunicado emitido na noite de terça-feira, acrescentando que devido aos ventos a nuvem poluente foi arrastada para norte, atravessou a Reserva Natural do Estuário do Sado e atingiu a zona de Vila Franca de Xira.

Em Vila Franca, na estação de Alverca, registaram-se entre as 08:00 e as 12:00, valores elevados de concentração de dióxido de enxofre, com um pico às 11:00.

Fonte da Direção-Geral da Saúde tinha sito à agência Lusa que até meio da manhã de terça-feira os valores registados não tinham excedido os de referência.

A APA estima que os níveis elevados de dióxido de enxofre na proximidade da fábrica tenham acontecido durante a noite de segunda-para terça-feira (o incêndio deu-se às 03:00), o que terá diminuído a exposição das pessoas ao poluente.

E garante que desde as 14:00 os valores observados nas estações fixas de qualidade do ar “decresceram significativamente, encontrando-se a situação controlada”.

 

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